Segundo a Boavista, principal analista do mercado de crédito no Brasil, os pedidos de falência no país subiram 30% em maio de 2020 em relação a abril deste mesmo ano, coincidindo com o encerramento da atividade econômica nos maiores mercados do país devido ao lockdown e a quarentena para conter o avanço do novo coronavírus.
No entanto, o advogado tributarista e empreendedor Eliézer Marins, CEO da Marins Consultoria, revela que o grande número de empresas que foram à falência no período pouco tem a ver com a emergência sanitária da covid-19, como muitos alegam: "Já são 780 mil empresas falidas alegadamente por causa do COVID no Brasil, sendo a maior parte delas em São Paulo. Mas a verdade que eles não querem que você saiba é que isto é por causa da incompetência da grande maioria dos senhores governadores e prefeitos do Brasil, devido aos efeitos das medidas de lockdown impostas pelos governos estaduais e municipais tendo como argumento o coronavírus. A verdade é que a guerra não é contra o COVID-19 mas sim política, é a grande chance que a esquerda e o chamado centrão achou para derrubar o governo do presidente Jair Bolsonaro. O fato é que crise econômica já aumentou o desemprego e, com isso, o Brasil pode ser empurrado de volta para o mapa mundial da fome.”
Tendência aponta mais dificuldades pelo caminho
Eliézer Marins aponta que se os governos estaduais e municipais continuarem neste caminho, haverá mais dificuldade: “ninguém está subestimando o vírus, que sim representa um risco para a saúde das pessoas, mas as medidas tomadas contra a covid-19 foram desproporcionais. O pior administrador/causador da crise econômica é o governador João Dória. Com isso, São Paulo que é considerado o estado locomotiva do Brasil se tornou o que tem mais pedidos de falência, 73% dos pedidos realizados no país no mês de Março, e que seguiram altos em Abril e Maio, mais que o dobro da média nacional, que é de 30%.
Política e crise econômica
Por mais que esses números sejam ruins para o governo do presidente Jair Bolsonaro, o Boa Vista também informou em nota que houve um recuo no índice de falências, se comparado ao mesmo período em 2017, que estava atrelado à melhora nas condições econômicas apresentada entre o governo do ex-presidente Michel Temer e o início deste ano. Contudo “Como observado na análise mensal, a tendência é de que as empresas tenham mais dificuldades em meses”, cita em nota a instituição.
Eliézer acredita que a maior falha de Bolsonaro não é administrativa: “O presidente junto com o ministro da economia, Paulo Guedes, está fazendo uma boa gestão de crise. Basta lembrar da sabedoria que o Guedes teve 2 semanas atrás, onde em uma estratégia digna de gênio ele injetou mais de 500 bilhões no Tesouro, contando que Bolsonaro injetou 1 trilhão de reais do dinheiro público. Parece até que Bolsonaro previu essa crise toda há dois anos atrás, quando afirmou que ‘nunca haverá estabilidade social na presença de fome, violência, miséria e de altas taxas de desemprego. Todo indivíduo deveria ter as condições de fazer escolhas que permitam preservar sua vida, sua liberdade e buscar sua felicidade, além do conforto de sua família’. Hoje com a situação causada pelos governos estaduais não temos estabilidade social, emprego e nem mesmo a liberdade de fazer escolhas.”