Inflação da construção civil fica em 0,76% em junho

TER. 26 JUN

O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) registrou inflação de 0,76% em junho deste ano. A taxa ficou acima da observada no mês anterior (0,30%). Segundo dados divulgados nesta terça-feira (26) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o indicador acumula taxas de inflação de 2,01% no ano e de 3,41% em 12 meses.

O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços subiu de 0,49% em maio para 0,62% em junho, enquanto o índice relativo à mão de obra subiu de 0,15% para 0,88% no período.

Dentro do grupo materiais, equipamentos e serviços, os serviços variaram 0,71% enquanto os materiais e equipamentos subiram 0,64%. Já dentro do grupo mão de obra, as taxas de inflação foram: auxiliares (0,98%), técnicos (0,80%) e especializados (0,80%).

Confiança recua
O Índice de Confiança da Construção, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 3,1 pontos de maio para junho deste ano. O indicador atingiu o patamar de 79,3 pontos em uma escala de zero a 200, o menor nível desde novembro de 2017 (78,6 pontos).

A queda foi provocada principalmente pela piora das expectativas de curto prazo do empresariado. O Índice de Expectativas recuou 6,5 pontos, a maior queda da série histórica, iniciada em julho de 2010, atingindo para 88,3 pontos, menor nível desde agosto de 2017 (87,8 pontos).

Já o Índice da Situação Atual, que mede a confiança em relação ao momento presente, manteve-se relativamente estável em junho, ao aumentar apenas 0,3 ponto, passando de 70,5 em maio para 70,8 pontos em junho.

O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) do setor avançou 0,9 ponto percentual, alcançando 65,6%, maior nível desde janeiro (66,2%).

Segundo a FGV, os empresários consideraram que a greve dos caminhoneiros, no final de maio, teve efeito negativo no setor: 64% dos empresários indicaram que os negócios foram atingidos, já que os insumos não chegaram à obra, provocando atrasos no cronograma. Mas, de acordo com a FGV, como é um setor com ciclo produtivo longo, o efeito final não deverá ser expressivo.

De acordo com a pesquisadora da FGV Ana Maria Castelo, a greve causou muitos prejuízos e paralisou obras, tendo sindo um componente importante nessa mudança de humor, mas a principal causa do desalento dos empresários é o ritmo de crescimento, “que traz preocupações sobre a continuidade da fraca melhora dos negócios”.


Fonte: Agência Brasil

 

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