Especialista dá dicas de como vender bem na internet

 

Muitos pensam que o mundo digital é uma terra sem regras e que tudo é válido. Pode parecer, no entanto não é. Trazendo isso para o mundo dos negócios, fazer qualquer posicionamento que vá de encontro aos princípios digitais pode arruinar uma marca. Para apresentar os três principais segredos para vender bem usando a internet e as redes sociais, o especialista Rafael Kiso elencou três passos que podem auxiliar empreendedores a ampliar presença digital e principalmente melhorar as vendas em tempos de mobile.

Isso porque Rafael é fundador da mLabs, uma plataforma de gerenciamento de múltiplas redes sociais. Com 20 anos de mercado, atuou no setor de tecnologia e meios digitais de empresas, como Banco Itaú, FIESP e Focusnetworks, e veio a Natal participar na última semana do Arena Sebrae de Transformação Digital.

O primeiro passo é ir além do funil de vendas, tema base da palestra ministrada no evento, que ocorreu na Arena das Dunas. “Não se preocupar só em vender, mas se preocupar principalmente na pós-venda e criar promotores de marca, para que eles estimulem novos consumidores a comprarem da marca. É muito importante, esse é o primeiro ponto: ir além do funil de vendas”

Segundo ponto destacado por Rafael Kiso é a aplicação da Lei de Pareto 80/20 [princípio criado por Joseph M Juran que diz que 80% das consequências advêm de 20% das causas]. Segundo o especialista, o empreendedor deve usar 80% do tempo na internet e nas redes sociais com conteúdo daquilo que sabe e que é especialista e somente 20% do tempo fazendo propaganda mesmo, contando aquilo que vende. “Não o contrário, que é o que geralmente as empresas fazem”, alerta.

A terceira e última dica é ter frequência. “Você precisa ter frequência de postagem de impacto nos seus potenciais consumidores porque a frequência que vai fazer a pessoa lembrar que você existe na hora da decisão. Se fazer frequente na vida das pessoas é importante e não apenas na hora que precisa vender”.

Ferramentas
Rafael Kiso também falou sobre as ferramentas para impulsionar negócios na web e em redes sociais. Uma delas é a idealizada por ele, a mLabs.com.br, que permite gerenciar todas as suas redes sociais em um único lugar, desde o agendamento de posts até verificar o que está funcionando ou não, e aprender com isso, e obter recomendações.

Outra ferramenta importante é o próprio sistema de gestão de anúncios do Facebook, o gerenciador de anúncios. “Se você quer ser bem-sucedido nas redes sociais, não dá para usar somente a mídia orgânica. Não dá para acreditar que somente organicamente ou naturalmente você vai conquistar alguma coisa e alcançar as pessoas. Tem que usar o gerenciador de anúncios, tem que impulsiona post, tem que comprar mídia”, recomenda. Segundo Kiso, com as duas ferramentas já dá para ter resultados positivos, mas há outras ferramentas. As que ajudam a criar conteúdo, posts, são o internacional www.canvas.com e o brasileiro www.trakto.io/.

Negócios do futuro
Sobre o futuro dos negócios, ele sintetiza: “Na prática, a gente tem que está onde os nossos consumidores estão, onde os nossos potenciais leads estão, e hoje eles estão nas redes sociais”. Da hora de acordar à hora de dormir, as pessoas estão conectadas o tempo todo em função das redes sociais. Segundo ele, passa-se mais tempo em redes sociais que assistindo tevê. “Se você ficar somente no modelo tradicional, você não vai ter a frequência adequada. Se não vai participar desse dia a dia conectado das pessoas e elas vão lembrar muito menos de você. Uma coisa não exclui a outra. Acho que as duas coisas coexistem”.

Rafael Kiso também comenta o risco para as empresas estar fora das redes sociais. “Os consumidores já estão lá. Se você ainda não tiver na rede social, os consumidores provavelmente estarão, e inclusive falando do seu produto ou serviço. Se você não tiver lá aproveitando para entrar nessa conversa e dar a sua posição, quantas pessoas vão tirar proveito disso?”, questiona.

Para o especialista, o empreendedor que não tem presença digital não aproveita o poder da inteligência coletiva. “Partindo do princípio que só você sabe de tudo, isso é uma visão míope do negócio e do mercado”.


Fonte: Agência Sebrae de Notícia

 

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