Apenas um em cada três donos de pequenos negócios possui algum parente como sócio do empreendimento. É o que aponta uma pesquisa feita pelo Sebrae, entre os dias 31 de agosto e 1º de outubro, que ouviu mais de 5,8 mil empresários em todo o país. Metade dos entrevistados (51%) alegaram não contar com familiares nem no quadro de associados, nem entre os colaboradores da sua empresa. Uma das principais razões alegadas pelos empreendedores é a falta de interesse dos parentes pelo negócio.
Conforme a pesquisa, cerca de 27% dos entrevistados contam com algum familiar ou parente de sócios como colaboradores ou empregados da sua empresa. Isso acontece principalmente entre as Micro Empresas (ME), o que corresponde a 29%, percentual pouco acima das Empresas de Pequeno Porte (EPP), com 27% e Microempreendedor Individual (25%).
Apenas 11,2% dos entrevistados que possuem familiares no quadro de sócios ou entre seus colaboradores, afirmaram que encontram dificuldades com esta situação. Dos que responderam ter problemas com a presença de parentes em seus empreendimentos, 39,8% afirmam que muitos deles demonstraram um certo desinteresse pelo negócio, outros alegaram a falta de perfil adequado para a função que ocupam (15,3%) ou que os parentes acham que devem ter tratamento privilegiado (26,2%).
No Norte a proporção é maior de empreendedores que contam com algum parente seu ou do sócio enquanto colaborador ou empregado da empresa (31%), seguido pelo Nordeste (28%), Sudeste e Centro-Oeste (26% cada) e Sul (22%). O Pará é o estado brasileiro com maior número de parentes nos empreendimentos: 43%, um número bem acima do segundo colocado, que é o Amazonas, com 33%. Também são os nortistas e nordestinos que relataram de forma mais expressiva que encontram dificuldades por ter familiares no quadro de sócio ou colaborador da empresa.
Fonte: Agência Sebrae de Notícias