O e-commerce, que já apresentava um crescimento consolidado, ganhou maiores proporções com a pandemia. As restrições a saídas e compras em lojas físicas se tornaram frequentes, e muitos empresários que ainda não davam atenção ao comércio virtual logo se adaptaram. O relatório Webshoppers 43, divulgado pela Ebit|Nielsen, apresentou um crescimento de 41% em compras online em 2020, comparado ao ano anterior.
Entre janeiro e abril deste ano, segundo levantamento do SEBRAE, foram registradas 105,5 mil novas empresas brasileiras, com grande destaque à formalização de microempreendedores individuais (MEIs). Aliando uma retomada da economia com os novos formatos digitais, se torna mais do que necessário ter uma identidade virtual bem desenvolvida.
“Para os mais novos empreendedores, pode parecer confuso ou até desnecessário desenvolver a marca. A criação de um perfil em uma rede social, contudo, não é o suficiente. Até mesmo a configuração para incluir a empresa em aplicativos de compras precisa ser bem pensado. Facilitar o acesso do usuário à empresa é essencial”, comenta Francisley Valdevino da Silva, CEO da Intergalaxy SA (www.intergalaxy.io), empresa especializada em tecnologia e comunicação que desenvolve softwares, interfaces e aplicativos através da rede Blockchain.
Aproximar a marca do consumidor no meio virtual é um dos principais focos deste nicho do design. Diferente de uma loja física na qual o cliente pode conversar e ser bem atendido por um funcionário, na internet é preciso criar uma organização visual que seja funcional e agradável para o usuário. “A interface dos dispositivos precisa ser adequada de modo ergonômico na esfera cognitiva, tendo como essência a função sem esquecer da estética”, detalha Silva.
Além das redes sociais
A criação de um site pode parecer supérflua para quem considera as redes sociais sua principal rede de contato com clientes. Porém, as redes têm seus próprios sistemas e funcionalidades, que muitas vezes podem não atender a todas as necessidades da empresa. É preciso explorar esta presença virtual, entender qual a melhor rede social para o seu negócio, mas não confiar em apenas isso para conquistar novos clientes.
“A visibilidade nas redes sociais costuma ser limitada, mesmo que o número de seguidores seja alto, destacando posts patrocinados ao invés do fluxo orgânico. Com um site próprio, pode-se apresentar mais informações sem ter que lidar com esses entraves. É importante, por exemplo, apostar em fotos bem-feitas, em qualquer ramo que seja a empresa. O aspecto visual é decisivo na hora de impressionar clientes e afunilar a decisão de compra”, explica o CEO da Intergalaxy SA.
Para os próximos meses, o especialista aposta em uma tendência que parecia ter perdido força e que voltou a ganhar destaque no mercado: os blogs. “Hospedados dentro dos próprios sites, os blogs podem fornecer informações mais completas sobre a empresa e os produtos, ou ainda dar dicas e notícias com temas relacionados ao segmento da empresa, sem ter necessariamente o objetivo da venda. Criar vínculo com a marca faz a diferença”, completa Silva.