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39% das empresas brasileiras pretendem investir em ESG nos próximos 12 meses

QUA. 03 AGO

A grande maioria dos empresários brasileiros considera importantes a redução de emissão de gás carbônico e os esforços contra o desmatamento e/ou geração de energia limpa. Essa preocupação foi manifestada por 95% dos entrevistados recentemente pela Grant Thornton, dos quais 54% pretendem investir em novos projetos já identificados no plano estratégico da empresa; 39% em desenvolvimento de um plano estratégico com abordagem ESG, e 32% estão buscando investimentos nesses temas por meio de startups.

O alto custo da energia elétrica, que é relevante para 87% das empresas, também impulsiona os planos de investir em projetos ou aquisições de energia renovável. Para 83%, a melhor alternativa de investimento é a energia solar, enquanto 23% devem investir em energia eólica, e 14% em bioeletricidade.

Dentro das práticas ESG, a prioridade para os empresários brasileiros é o pilar Ambiental – preservação e recuperação do meio ambiente (47%), seguido pelo Social – planos de inclusão, diversidade, projetos envolvendo a comunidade (29%) e pelo pilar de Governança – transparência nos processos, objetividade nos fluxos de informação, desenvolvimento sustentável (16%).

A pesquisa buscou saber também quais outros temas estão entre as prioridades na agenda das empresas em 2022. Para 68% dos entrevistados, a redução de custos é a maior prioridade, enquanto a inovação é a área que deve receber maior atenção de 55% das empresas. O treinamento das equipes também teve destaque, com 49% de escolha dos empresários, seguido por desenvolvimento de novos produtos (46%), ESG (27%) e financiamento (captação de crédito), que é prioridade para 25%.

Daniele Barreto e Silva, líder de Sustentabilidade da Grant Thornton Brasil, avalia que há um movimento global crescente em busca de sustentabilidade e as empresas brasileiras não fogem dessa tendência, como demonstram os resultados da pesquisa. No entanto, o principal motivador da sustentabilidade na agenda de decisão executiva, na grande maioria das organizações, ainda está relacionado à redução de custos, como no caso da energia elétrica, por exemplo, e à pressão por compliance e questões ligadas aos riscos de reputação.

“É preciso avançar além da agenda reativa. As empresas brasileiras ampliaram seu olhar para os aspectos ESG, mas ainda há lacunas importantes a serem preenchidas. Os aspectos sociais, assim como os ambientais, precisam amadurecer de forma mais efetiva, pois a sociedade e os investidores estão cada vez mais atentos a identificar as empresas que estão realmente comprometidas e possuem práticas concretas de sustentabilidade”, conclui.

Sobre a Grant Thornton

A Grant Thornton é uma das maiores empresas globais de auditoria, consultoria e tributos. Está presente em mais de 140 países e conta com mais de 62 mil colaboradores. No Brasil, está posicionada nos 13 principais centros de negócios do país, contando com mais de 1.400 pessoas, atendendo empresas nas mais variadas etapas de crescimento, desde startups a companhias abertas. Com uma forma de trabalho customizada, auxilia empresas dinâmicas a atingirem seus potenciais de crescimento de forma sustentável, gerando a melhor proposta de valor para o negócio por meio de recomendações significativas, voltadas ao futuro.

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