Crédito: Agência Sebrae

Parceria fortalecerá produção de atum na Costa Branca potiguar

TER. 22 DEZ

A produção de atum no município de Areia Branca, localizado na Costa Branca potiguar, estimada em 700 toneladas ao mês, e que garante ao Rio Grande do Norte a posição de um dos principais estados produtores do Brasil, deve ganhar novos patamares a partir de 2021. É que uma parceria entre o Sebrae-RN e a Associação dos Armadores e Proprietários de Barcos de Pesca do Rio Grande do Norte (ASPERN) deverá alavancar a produção de grupo de pescadores locais, com apoio à capacitação, melhoria da infraestrutura e acesso a novos mercados.

O trabalho do Sebrae-RN, realizado através do Escritório Regional do Oeste, está na fase inicial, com aplicação de questionários para elaboração de diagnóstico da cadeia produtiva local, de modo a fortalecer a atividade. A ideia é profissionalizar não só pescadores já consolidados, mas inserir no processo, também, pequenos grupos de pescadores.

“Esse diagnóstico nos mostrará o cenário da atividade e vai nos ajudar a realizar ações mais direcionadas, a partir de 2021. Para isso, vamos capacitar na área de gestão, fazer estudo de mercado e inserir pequenos pescadores dentro do processo produtivo. Essas condições permitirão que o atum produzido na região ganhe novos mercados e cresça ainda mais”, afirma o gerente do Escritório Regional do Sebrae no Oeste, Paulo Miranda.

Potencial e gargalos

Detentora de elevado potencial produtivo e de mercado, a pesca do atum por meio da técnica de cardume associados, se consolida como uma atividade rentável e com grandes possibilidades de agregação de valor. Tais características devem viabilizar a expansão do produto no mercado, seja na forma de peixe de panela, enlatado ou como sushi e sashimi, altamente valorizados.

“Mas para isso, os envolvidos na cadeia precisam se enxergar como empreendedores. Os pescadores precisam enxergar isso como um negócio e como empreendedores que são. Vamos trabalhar essa mentalidade empreendedora neles, pois, quanto mais consumo, mais oportunidade de negócio, mais emprego. A atividade tem impactos econômico e social muito fortes e isso precisa ser levado em conta”, avalia o gerente do Sebrae-RN.

Embora detenha elevado potencial de expansão, a atividade pesqueira do atum na Costa Branca potiguar ainda esbarra em desafios que impedem seu crescimento. Faltam infraestrutura e acesso ao crédito junto à instituições financeiras para melhor estruturar a produção.

“Nós não temos uma fábrica de gelo ou frigorífico em Areia Branca que possa armazenar a produção. Isso é fundamental à produção. Mas estamos muito otimistas com a parceria com o Sebrae, que vai nos orientar e nos ajudar a mostrar quem somos e qual o nosso potencial”,avisa Pedro Araújo, presidente da Aspern.

Enquanto a estrutura disponível não comporta a produção, boa parte do atum é escoado através de parceria com a indústria de pescados Frescomares, de Mossoró, para onde são destinadas cerca de 200 toneladas do peixe. O empreendimento possui o selo do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA), que permite a comercialização do pescado em todo o território nacional.

Agência Sebrae

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