Vendas no Tesouro Direto superam resgates: R$ 273 mi

 

As vendas do Tesouro Direto superaram os resgates em R$ 273,6 milhões em julho. De acordo com os dados do Tesouro Nacional, divulgados nesta sexta-feira (24), as vendas do programa atingiram R$ 1,189 bilhão no mês passado. Já os resgates totalizaram R$ 915,9 milhões.

Do total de resgates, a maior parte – R$ 853,5 milhões – é relativa às recompras de títulos públicos pelo Tesouro e R$ 62,4 milhões aos vencimentos (papéis cujo prazo acabaram, fazendo o Tesouro reembolsar os investidores com juros).

Os títulos mais procurado pelos investidores foram os vinculados à taxa Selic (juros básicos da economia), cuja participação nas vendas atingiu 47,8%. Os títulos corrigidos pela inflação (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-IPCA) corresponderam a 32,4% do total da vendas, enquanto os prefixados, com juros definidos no momento da emissão, foram 19,8%.

O estoque total do Tesouro Direto somou R$ R$ 49,6 bilhões no fim de julho, um aumento de 1,6% em relação a junho (R$ 48,8 bilhões) e de 4,9% em relação a julho do ano passado (R$ 47,3 bilhões). Apesar do resgate líquido dos últimos meses, o estoque cresceu por causa do rendimento dos papéis.

Investimentos
Em relação ao número de investidores, 107.600 novos participantes cadastraram-se no programa no mês passado. O número total de investidores cadastrados atingiu 2.397.549. Nos últimos 12 meses, o total de investidores acumula alta de 55,7%. O número de investidores ativos (com operações em aberto) chegou a 636.107, aumento de 22,2% nos últimos doze meses.

A utilização do Tesouro Direto por pequenos investidores pode ser observada pelo considerável número de vendas até R$ 5 mil. Foram realizadas, no mês de julho, 215.255 operações de venda de títulos a investidores, sendo que 84,5% correspondem a essa faixa de investimento. O valor médio por operação foi de R$ 5.525,82.

Os investidores continuam preferindo papéis de prazo mais curto. Os títulos de um a cinco anos concentraram 53,6% das vendas. Os papéis de cinco a dez anos corresponderam a 29,1%, e os papéis de mais de dez anos de prazo representaram apenas 17,3% das vendas.

Captação de recursos
O Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002 para popularizar esse tipo de aplicação e permitir que pessoas físicas pudessem adquirir títulos públicos diretamente do Tesouro Nacional, via internet, sem intermediação de agentes financeiros. O aplicador só tem de pagar uma taxa à corretora responsável pela custódia dos títulos. Mais informações podem ser obtidas no site do Tesouro Direto.

A venda de títulos é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos. Em troca, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o valor com um adicional que pode variar de acordo com a Selic, índices de inflação, câmbio ou uma taxa definida antecipadamente no caso dos papéis prefixados.

Desde o fim de maio, as vendas do Tesouro Direto têm sido paralisadas por diversos dias. Ontem (23), por exemplo, elas foram suspensas às 14h05, com normalização por volta das 15h15. Segundo o Tesouro Nacional, a suspensão dos leilões é necessária para proteger os investidores das turbulências do mercado.


Fonte: Agência Brasil
 

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