Após registrar duas quedas consecutivas nos meses de março (-1,5%) e abril (-1,2%), as vendas do comércio físico brasileiro tiveram a alta mais expressiva do ano, marcando 2,1% frente ao mês anterior. Antes disso, o único crescimento apontado foi em fevereiro, quando o Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian marcou leve aumento de 0,4%. O setor de Veículos, Motos e Peças impulsionou a expansão de maio, enquanto o de Móveis, Eletrodomésticos, Eletroeletrônicos e Informática foi o único a revelar queda.
De acordo com o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, existem alguns fatores pontuais que podem ter impulsionado a alta do índice. “O cenário econômico continua instável, afetando o poder de compra dos consumidores e, sendo assim, dificultando a vida financeira dos empreendedores. No entanto, alguns fatores como o saque extraordinário do FGTS e o adiantamento da primeira parcela do 13º podem ter contribuído para o aumento de uma movimentação econômica relacionada ao consumo”.
Variação anual revela estabilidade
A atividade do comércio marcou leve alta de 0,1% em maio deste ano na comparação com o mesmo mês de 2021. “Apesar do percentual positivo, economicamente falando, esse crescimento deve ser interpretado como uma estabilidade, pois não é uma alta significativa”, explica Rabi. Ainda na análise ano a ano, foi o setor de Tecidos, Vestuários, Calçados e Acessórios que teve o aumento mais expressivo, esse de 52,5%.