Morar e trabalhar nos Estados Unidos. É o tipo de situação que passou e que ainda passa pela cabeça de muita gente, no mundo inteiro. No Brasil, não é diferente. Todo dia tem brasileiro tentando, por exemplo, validar um diploma para tentar realizar o 'sonho americano'.
"Sim, é possível validar o seu diploma e construir uma carreira nos Estados Unidos", costuma dizer Dani Lopez, brasileira que mora na Flórida há 8 anos e que também vivenciou todo o processo de validação de diploma para viver nos EUA.
"Muita gente acha difícil (validar diploma), às vezes, impossível. E não é. É simples e rápido. Imigrar legalmente não sai caro e está associado ao processo de validação do diploma", pontua a empresária.
CEO da 'Valida USA' - www.validausa.com -, ela fundou a empresa, justamente, para auxiliar estrangeiros nessa empreitada, tendo como base a sua própria experiência. Ela tentou seguir um passo a passo que encontrou na internet, nos idos de 2014. Mas, na prática, não funcionou muito bem.
"Sou biomédica, natural do Rio de Janeiro, mas passei num concurso público e fui morar em Rondônia", contou. "Em 2014, resolvi me mudar para os Estados Unidos e passei por todo o processo. Foi a partir das dificuldades que senti na época, que resolvi criar essa empresa (Valida USA) para auxiliar imigrantes", revelou Dani.
Validação e imigração
Muita gente ainda acha que ao validar o diploma, automaticamente assegura o 'passaporte imigratório' - visto permanente. E não é bem assim, Segundo Dani Lopez, o processo de validação e a imigração são duas coisas diferentes.
"São duas caixas diferentes, o processo de validação é uma caixinha e a imigração é outra caixinha. Ter uma carreira pode ajudar no processo migratório, sim, mas não dá o direito de ser imigrante", esclarece a profissional.
Algumas profissões, como médico e advogado, por exemplo, além da validação do diploma, exige uma licença para atuar no mercado norte-americano. E com o diploma validado há duas possibilidades: obter o visto através de um empregador que pague por ele, ou o próprio candidato pode pagar o visto para montar um negócio, por exemplo.
"Uma vez que eu valido meu diploma, a minha profissão está reconhecida nos EUA. Pode ser 100% reconhecida ou parcialmente reconhecida, vai depender se a pessoa concluiu ou não o curso. Aí validei o diploma, qual o próximo passo? Ou eu tiro uma licença profissional ou abro uma empresa para empreender", explica Dani Lopez.
Tradução dos documentos
A tradução do diploma e demais documentos pessoais exigidos durante o processo de validação é o primeiro passo a ser dado. E a tradução precisa ser juramentada - tradução feita por um tradutor público, também chamado de 'tradutor juramentado'.
Essa tradução é usada com o fim de conceder autenticidade legal a uma série de documentos, como diplomas e certidões de nascimento. No caso da validação do certificado nos EUA, serve para: certidão de nascimento ou casamento; carteira de identidade; histórico escolar completo da graduação; declaração de conclusão do curso; diploma; certificação do respectivo conselho regional (para as profissões reguladas).
Vale ressaltar que, no Brasil, os tradutores juramentados podem ser encontrados nas juntas comerciais dos estados. Já nos Estados Unidos, as universidades mantêm uma lista com os nomes desses profissionais. No entanto, lá o serviço é mais caro. Por isso, é aconselhável que todo esse procedimento seja solicitado e feito no Brasil.
Processo de acreditação
Validar o diploma passa pela etapa de ‘acreditação’, que se refere ao reconhecimento de que você pode exercer determinada profissão nos Estados Unidos. O processo é semelhante ao controle realizado pela OAB, por exemplo.
Para obter esse atestado, o candidato é submetido à conhecimentos em uma prova (paga). O domínio do inglês, neste caso, é fundamental. De certo modo, o exame também analisa o nível de proficiência em língua inglesa. A emissão do certificado leva de 5 a 12 meses e só é válido no estado que o diploma for reconhecido.
Validação do médico
Sobre o curso de Medicina, as residências realizadas em território brasileiro não são aceitas nos EUA. Ou seja, há a necessidade de passar por um novo período de residência em solo americano. Após pagar as taxas referentes ao UMSLE (exame que autoriza a prática médica nos EUA), será feito um agendamento.
Uma dica é: só fazer a prova quando estiver preparado. Só há uma única chance de atingir a nota esperada. Caso contrário, a reprovação é irrevogável. E um dos testes consiste na simulação do atendimento de 10 pacientes. Tá outra necessidade do inglês fluente.
Depois da prova, o futuro médico imigrante é direcionado para determinadas residências médicas nos EUA. A localização vai depender de uma combinação de interesses (do médico e das instituições que disponibilizam as vagas). Encaminhado para a uma residência, o médico pode solicitar um visto condizente com sua condição no país.
Sobre Dani Lopez
Biomédica de formação, Dani Lopez montou a Valida USA com o propósito de auxiliar imigrantes a validar o diploma e construir uma carreira nos Estados Unidos. Ela integra o time de painelistas que vai participar do Encontro Cultural Orlando Natal - ECON, evento gratuito que será realizado na Arena das Dunas, entre os dias 30 de setembro e 1º de outubro. As inscrições podem ser feitas pelo site do Sympla: https://www.sympla.com.br/evento/econ-encontro-cultural-orlando-natal-2022/1596691.
O ECON tem como objetivo dar visibilidade a vários serviços prestados aos brasileiros nos Estados Unidos, a partir de Orlando. O Encontro Cultural Orlando Natal - ECON é uma realização da Inout Brazil, Fórum Negócios, Acarta Comunicação e LIDE Rio Grande do Norte. Mais Informações: https://www.econ2022.com.br/
Algumas profissões que estão em alta nos EUA:
Enfermeiro Desenvolvedor de softwere Gerente de operações Gerente financeiro Cirurgião/médico especialista Contador Advogado Especialista em marketing Especialista em análise de mercado Analista de gestão Gerente médico
Fonte: https://www.businessinsider.com/ best-jobs-futuregrowth