Todo ano parece ser a mesma coisa. Correria na Black Friday, décimo terceiro salário que sempre ajuda no planejamento, Natal ao lado da família (mesmo morando longe) e o desejo de viajar nas tão sonhadas férias. E, que bom que é assim, não é mesmo?
Será que “mexer em time que está ganhando” faz sentido quando o assunto é a loucura do fim de ano? Pensando no seu bolso, sim, pode fazer sentido! Via de regra, quando todo mundo deseja as mesmas coisas (ou as mesmas experiências), quem as vende pode cobrar mais.
O assunto da nossa conversa são as viagens, tão tradicionais neste período do ano. A estratégia mais comum é criar pacotes e literalmente “envelopá-los” em publicidade cativante e com apelo de promoção imperdivel.
Tomados pela emoção do momento, que envolve as férias das crianças, o Natal e a renovação das esperanças e promessas tão comuns na virada de ano, ficamos menos alertas e mais suscetíveis a simples armadilhas de consumo.
Pode parecer uma pergunta sem propósito e até mesmo estranha, mas por que viajar sempre em dezembro ou janeiro? Porque você já está acostumado. Porque é mais fácil, considerando férias e a correria do ano todo. Então, a resposta é mais simples, porque “sim”.
Mas, que tal uma experiência diferente, capaz de envolver mais a família tanto no planejamento, quanto na experiência em si? Algumas sugestões para que reflita:
Viaje na baixa temporada: se seus filhos são pequenos, você pode viajar em datas menos associadas ao encerramento/pausa do ano letivo. Isso significa que pode viajar em períodos de baixa temporada, aproveitando muito (praticamente tudo) do destino, mas sem filas e com preços bem mais em conta;
Planeje melhor suas férias: procure alinhar as férias de todos da casa com as datas menos procuradas para determinados destinos, o que pode mudar de ano para ano e de lugar para lugar. Se você quer ir para uma praia especial, talvez o alto verão seja perfeito, mas a primavera pode resolver e oferecer pacotes mais baratos. Se o lugar é quente (ou frio) o ano todo, consulte os períodos com menos movimento;
Atenção para o destino e suas surpresas: você não quer chegar no destino e descobrir que viajou para lá no meio de um risco de nevasca. É importante estudar com calma e paciência as opções, os melhores períodos e as experiências de outros viajantes nos períodos selecionados;
Planeje a viagem com mínimo de 6 meses de antecedência: a ideia aqui é se preparar bem para a viagem, o que inclui parcelar pouco e economizar durante o processo para os gastos na hora de se divertir viajando. Quanto antes planejar, melhor. Um ano antes? Excelente, assim você paga a viagem à vista e ainda junta para os gastos fora de casa;
Compre moeda estrangeira de forma fracionada: se você pretende viajar para fora do Brasil, não tente adivinhar o melhor momento para comprar dólar, euro ou outra moeda. O ideal é que você compre pouco, com muita frequência, literalmente de grão em grão. Assim você fará um preço médio certamente mais interessante que a cotação da última hora.
O objetivo de uma viagem é unir diversão, momentos íntimos ao lado de quem amamos e experiências inesquecíveis. Pagar caro ou se endividar por falta de planejamento pode se transformar em um pesadelo capaz de suprimir as lembranças incríveis da viagem! Então, pense com carinho nisso.
Por: Conrado Navarro, Especialista em Finanças Pessoais e Sócio da Diin