Crédito: Imagem Free

Vai comprar presentes de Natal pela internet? Cuidado com as fraudes digitais

 

O e-commerce já é parte da vida dos brasileiros, principalmente depois da pandemia. Durante esse período, o país aumentou em 30% a quantidade de compras pela internet, ficando acima de todos os demais países da América Latina, de acordo com a pesquisa Barômetro Covid-19, realizada pela consultoria Kantar.

Com a chegada das festas de fim de ano, a quantidade de vendas online tende a crescer ainda mais, impulsionada por datas como a Black Friday. No entanto, juntamente ao aumento das compras, o número de fraudes digitais também aumenta. Um exemplo é a própria Black Friday deste ano. De acordo com pesquisa realizada pela ClearSale e divulgada pelo site Convergência Digital, as tentativas de fraudes em compras online nessa época cresceram 131,54% em 2021 em relação ao mesmo período do ano anterior. Isso significa um salto de 51.553 pedidos potencialmente fraudulentos registrados em 2020 para 119.318 casos neste ano.

Esses golpes podem acontecer de várias formas, desde a famosa prática de oferecer “a metade do dobro”, quando uma loja dá 50% de desconto em um produto depois de ter dobrado o preço da mercadoria, até mesmo à criação de sites falsos com o mesmo layout do oficial, que enganam os consumidores visando roubar seus dados pessoais e bancários. Mas não são só os compradores que podem ser prejudicados dessa forma. As próprias marcas também podem ser alvo de fraudes digitais.

Como geralmente o cliente em potencial faz uma pesquisa em uma ferramenta de busca na internet para cair no site que deseja, golpistas ou concorrentes desleais podem usar as palavras-chave de uma empresa para desviar os clicks dos internautas para seus próprios sites. Essa prática é chamada de Brand-Bidding. Outra forma de fraude é conhecida como Ad Hijacking, ou sequestro de anúncios, quando afiliados e parceiros publicam uma cópia exata do anúncio de uma loja e passam este para trás ao superar o investimento em seu lance por apenas alguns centavos.

De acordo com Daniel Filla, diretor geral da AdPolice no Brasil, empresa de “patrulha digital” que é líder mundial em controle de fraudes de tráfego online, a média de perda dos investimentos de uma empresa em campanhas de busca devido a golpes como esses chega a 30% do total. “Qualquer um está sujeito a ser vítima de uma fraude na internet: empresas, grandes ou pequenas, e também os seus consumidores. Por isso, é necessário estar sempre atento e prezar pela sua segurança no ambiente online, principalmente agora no final do ano, quando as ofertas aumentam”, alerta o especialista.

Confira algumas dicas para se proteger na internet:

Confira a URL

Ao navegar por sites de compra e venda verifique se no endereço está presente a sigla HTTPS, as URL’s devem começar com HTTP, a letra ‘S’ indica que o site usa segurança criptografada. Isso significa que seus dados estarão seguros e, consequentemente, a sua compra.

Procure o selo de segurança

Também para compras online, a presença de um selo de segurança indica que o site é confiável para compras e você pode fornecer seus dados.

Confira toda a página

Fraudadores podem construir sites falsos com marcas já existentes, com os mesmos elementos visuais e logotipos. Procure por falhas no formato ou erros que podem ser pequenos ou grandes. Atente-se também ao domínio do site em que está. Se a URL do site for algo totalmente diferente do nome da marca, desconfie!

Não abra qualquer link

Um dos meios mais comuns onde ocorre a tentativa dos golpistas de roubar dados do usuário (o chamado phishing) é o e-mail. Por isso, ao conferir sua caixa de entrada, preste atenção no remetente do conteúdo e não informe seus dados antes de verificar a procedência.

Desconfie de promoções e itens não solicitados Ao receber alertas de promoções por mensagem ou e-mail procure o site oficial da marca ou pesquise em ferramentas de busca. Ofertas oficiais estarão no site da marca. Não entregue seus dados para receber produtos ou serviços que não solicitou anteriormente.

Já os sites de comércio online, por sua vez, devem tomar as devidas providências para que sua marca não seja utilizada de forma indevida. Segundo Filla, “a importância de estar atento a fraudes não é só a de proteger suas vendas, mas também assegurar que seus consumidores não cairão em armadilhas dessa natureza. Para garantir essa segurança, as empresas deveriam investir em ferramentas de monitoramento no ambiente online, garantindo que sua verba de publicidade seja utilizada a seu serviço, e não para o benefício daqueles que cometem as fraudes”.

Sobre a AdPolice

A AdPolice combate a prática ilegal de Brand Bidding (fraude em cliques sobre marca registrada), e Ad Hijacking (sequestro de anúncios). Fundada na Alemanha em 2008, a empresa de “patrulha digital", líder mundial em seu setor, conta com mais de 300 clientes em seu portfólio, incluindo marcas como Adobe e SKY. Em 2016, a AdPolice abriu sua própria operação no Brasil, e hoje presta serviços para alguns dos maiores nomes do comércio eletrônico nacional, como Dafiti, MadeiraMadeira e Época Cosméticos.

  Revista Negócios
 Veja Também