As startups são modelos de empresas que vêm tomando o espaço do empreendedorismo no Brasil. A Associação Brasileira de Startups (ABStartups), divulgou estudo que mostra o crescimento de 207% no número de startups no Brasil em três anos, de 2015 a 2019.
Em 2020, a média de startups no Brasil foi de 26,5%, enquanto em 2019, somava apenas 11,2% das empresas nacionais. Ainda segundo a ABStartups, o que levou os números a aumentarem dessa forma, foram as propostas disruptivas das startups, que despertaram curiosidade no público geral.
Guilherme Baumworcel, fundador e CEO do Rupee (www.rupee.com.br) – plataforma de tecnologia Kanban aplicada à contabilidade, tributário e folha de pagamento por meio de inteligência artificial – destaca como o método chamado de máquina de vendas pode auxiliar startups a se consolidarem no mercado, além de abrir caminhos para novos projetos. “Máquina de vendas significa organizar os processos e ações para que isso alavanque o crescimento da empresa”, afirma.
O CEO explica que no primeiro momento que tentou adotar o sistema de máquina de vendas, contratou pessoas que já haviam trabalhado em startups de outros nichos para integrar o time de vendas, fez cursos e aplicou com essas pessoas. Segundo Guilherme, não deu certo porque não sabiam o processo de vendas do produto específico. Depois, apostou nos seniores, apostando nos motes de venda. Também não deu resultado, pois segundo ele, os vendedores contratados não passavam credibilidade.
De acordo com ele, o que funcionou na implantação da máquina de vendas, foi ele tomar as rédeas e vender sozinho. Assim, ele conseguiu engrenar o sistema do jeito dele, como ponto focal dos clientes. Após esse processo, aprendeu a delegar funções com sua própria identidade e estabilizou as vendas e os clientes.
O empresário afirma que criar uma rede de vendas com clientes e investidores é essencial. “Eu fazia viagens, marcava cafés, estava sempre disposto a conversar e vender meu produto, para criar uma rede de confiança não só em mim, mas no que a startup oferece”.
Para Guilherme, uma das coisas mais importantes para um empreendedor é saber se vender e mostrar seu valor e o valor do que está sendo vendido. “Quem não faz isso, dificilmente tem sucesso a longo prazo. Especificamente na área de negócios. Sem vender, o negócio não funciona”. Com uma reflexão, ele finaliza: para uma empresa se destacar, ela tem de vender todos os dias. “Se ficar no zero a zero, a empresa está caindo. Passo isso para todos do meu time, um dia sem vender é um dia perdido.”