Juliano Dias, fundador e CEO da Meetz
Crédito: Divulgação

Startup pernambucana planeja crescimento de 4x em 2022

QUA. 23 MAR

Gestores e vendedores do mundo corporativo sabem que encontrar o tomador de decisão de um negócio B2B é uma tarefa árdua e de difícil assertividade. Conhecedores desse problema crônico, os empreendedores Juliano Dias e Raphael Baltar decidiram em meio à pandemia utilizar a tecnologia para solucionar essa dor latente no mercado, transformando os desencontros em prospecções bem-sucedidas. Com isso, eles criaram em 2020 a Meetz, uma startup que realiza o serviço de prospecção de ponta a ponta para as empresas, entregando reuniões agendadas em um curto espaço de tempo entre o time de vendas e os decisores das empresas-alvo. Desde então, a companhia que oferece a prospecção como serviço tem vivenciado um crescimento exponencial. Já em seu ano de fundação, a Meetz faturou R$500 mil. Ano passado, a empresa registrou crescimento de quase 700% e agendou mais de 4.900 reuniões para seus mais de 130 clientes. Agora, para 2022, a empresa se prepara para crescer 4x e alcançar também o mercado internacional.

De acordo com o fundador e CEO da Meetz, Juliano Dias, o modelo de negócio da startup se diferencia no mercado por utilizar inteligência comercial e mineração de dados para terceirizar a primeira etapa de uma negociação para qualquer tipo de companhia B2B. Nesse caso, a tecnologia é usada para encontrar e se relacionar com os gestores e decisores dessas empresas-alvo, levando uma comunicação assertiva, conforme o perfil desses decisores, de forma que eles se interessem em se reunir com o fornecedor. “Muitas empresas ainda não possuem uma área dedicada à prospecção ou pré-vendas, conhecidos como SDR (Sales Development Representative) para encontrar e qualificar os leads, realizando as primeiras etapas da negociação B2B. Além disso, o custo para a formação de um time capacitado é muito alto para a imensa maioria das empresas, principalmente se considerarem a curva de aprendizado até terem bons resultados”, explica. “Nossa solução cai como uma luva porque realiza a jornada completa de prospecção por um custo consideravelmente menor em relação a montagem de uma equipe, o que implica em um retorno sobre o investimento ainda mais rápido e positivo”.

Segundo Raphael Baltar, COO da Meetz, do ponto de vista das operações, a empresa busca em 2022 trazer ainda mais tecnologia e ciência para o negócio. "Queremos transformar a maneira como as empresas fazem negócios B2B e para isso precisamos estar sempre um passo à frente no que diz respeito à capacidade de análise de dados e qualidade tecnológica da solução que oferecemos para o mercado", comenta.

Diante do êxito do modelo de negócios da Meetz, o CEO Juliano Dias revela que recentemente também passou a ser procurado por empresas com times comerciais robustos para potencializar a geração de novos negócios. “Isso vem ocorrendo porque hoje há uma grande concentração de funções entre os vendedores nas companhias. Muitos acabam deixando algo de lado, geralmente a prospecção ou, mesmo que possuam times específicos para isso, muitas vezes não conseguem acessar segmentos e portes de empresas específicas. Para eles, é extremamente desgastante passar o dia no telefone e depois se dar conta que em muitos casos o esforço foi em vão, porque conseguem se reunir com alguém que não decide ou simplesmente não aparece na reunião virtual”, relata.

O modelo de negócio também atraiu a atenção do fundo Valutia Capital, fundado por Kiko Lumack - investidor com ampla experiência de atuação no mercado de venture capital. O veículo, que já aportou em negócios como GymPass, Zenklub e idwall, desde março assumiu as características de um co-fundador, auxiliando em estrutura de backoffice e aproximação com possíveis parceiros estratégicos. Em troca, ganharam a prioridade de liderar a primeira rodada de investimento no momento em que a startup considerar necessário iniciar o processo de captação no mercado. “Além de ter a Meetz no seu portfólio de investimentos, a ideia da Valutia é ter uma solução que ajude outras investidas a se desenvolverem comercialmente. Vale salientar que desde o início da operação estamos em break even. Porém, pensamos em buscar uma captação quando precisarmos escalar com maior agilidade e também investir no aumento do time, hoje com 50 colaboradores”, informa o co-fundador e COO, Raphael Baltar.

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