Sorvetes e picolés saudáveis ganham mercado no verão

SEX. 26 JAN

Esqueça a ideia de que o sorvete pode ser inimigo da balança, de díficil digestão para os intolerantes à lactose e carregado de açúcar, corantes e aromatizantes artificiais. Nos últimos anos, a sobremesa gelada mais popular do mundo vem ganhando variantes para conquistar mercado e se adequar ao público consumidor que tem restrições alimentares ou que busca ingerir alimentação mais saúdavel, principalmente na estação mais quente do ano. No Rio Grande do Norte, os sorvetes e picolés gourmet saudáveis estão ganhando mercado e são uma alternativa para aliviar o calorão que toma conta do Nordeste nessa temporada.

A empresária potiguar Naya Alves encontrou uma oportunidade de negócio nessa área e solucionou o problema de quem deseja se refrescar sem abrir mão de sabor e manter a forma. Em 2015, ela montou um negócio para distribuir no Rio Grande do Norte as linhas de sorvetes, paletas e picolés gourmet saudáveis. Os produtos são fabricados sem açúcar ou adoçantes, com corantes naturais e com baixo teor de gordura - menos da metade do tradicional industrializados - da marca DellaFrutta.

"Os produtos são saudáveis porque a cremosidade se dá pela adição de fibras probióticas, que substituem a gordura hidrogenada, e o melhor: com sabor muito semelhante aos sorvetes tradicionais que o público está acostumado a consumir", explica a empresária.

Segundo os nutricionistas, o sorvete tradicional industrializado é, muitas vezes temido, por ser pobre em nutrientes e rico em carboidratos de baixo valor nutricional, que são rapidamente absorvido pelo organismo e viram gordura. Uma bola do sabor chocolate - equivalente a cerca de 50 gramas - carrega 130 calorias e 18,5% dos Valores Diários de gorduras saturadas que um adulto necessita.

A marca detém mais de 120 produtos de diferentes linhas. Os destaques são as paletas recheadas sem açúcar, a linha Freelac, que é livre de lactose, e a linha Life Plus, composta por produtos com adição de kefir, whey protein e colágeno.

A empresa de Naya Alves, a Ingá Comércio e Serviços, que também é responsável pelas vendas das Balas da Vovó, passou a fornecer no mercado potiguar o açaí da marca DellaFruta, que é produzido sem açúcar ou xarope de guaraná, o que o torna menos estimulante que os demais. O produto é comercializado, assim como o sorvete, em potes de cinco litros voltados para o setor de food service.

"A ideia desse negócio se estruturou depois do sucesso das Balas da Vovó. Quis acrescentar outros produtos devido à experiência adquirada com pontos de vendas em função da balas. Os sorvetes surgiram por uma demanda pessoal, que tenho intolerância à lactose, e meu pai restrição ao açúcar. Procurava no mercado e era bem complicado. Então, surgiu essa oportunidade de representar a DellaFrutta no RN", conta Naya Alves.

Para se ter uma noção do sucesso e aceitação no mercado local, a empresa registrou um aumento de 50% nas vendas das sobremesas entre 2016 e 2017. Hoje, a empresa chega a comercializar em média cerca de 5 mil unidades dos sorvetes e picolés a cada mês. Graças a presença em 16 pontos de vendas, entre eles a Farmeria, Olga, Ponto Natural e Posto Premier. A meta da empreendedora é ampliar em 40% a quantidade de pontos de vendas neste ano.

Sebraetec
E não apenas isso. Naya Alves quer consolidar bem a marca no mercado local. Para isso, buscou o Sebrae no Rio Grande do Norte para trabalhar a comunicação visual. Através do programa Sebraetec, ela está desenvolvendo toda a parte gráfica, com a confecção de folders, testeiras, catálogos e tabelas de preços para serem afixadas aos freezers. "O Sebratec viabilizou muito esse trabalho de comunicação visual", comemora a empresária.

O objetivo principal do Sebraetec é oferecer acesso subsidiado a serviços tecnológicos e de inovação para as empresas pertencentes às categorias de microempreendedores individuais (MEI), microempresas (ME), empresas de pequeno porte (EPP) e produtores rurais. Os subsídios chegam a70% e não são reembolsáveis. O empresário arca apenas com 30% do valor do serviço. Podem participar do programa os empresários já atendidos por qualquer projeto setorial da instituição e também os empreendedores que ainda não são atendidos.

Por meio do programa, o empresário pode implementar as melhorias com ajuda de uma rede de consultores e prestadores de serviços tecnológicos contratada pelo Sebrae para adequar seu produto, serviço ou processo produtivo à realidade do mercado.

O suporte tecnológico vai desde consultorias para identificar as necessidades da empresa, acompanhamento para assegurar os melhores resultados e minimizar os riscos, e até auxílio na melhor escolha para os investimentos em tecnologia e inovação. O Sebraetec atua em sete áreas distintas, como design, produtividade, propriedade intelectual, qualidade inovação, sustentabilidade e serviços digitais.


*Com informações da Agência Sebrae/RN
 

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