Setor Industrial do RN já pensa no EEBA 2019 em Natal

 

Encerrada a 36ª edição, em Colônia, na Alemanha, os executivos do setor industrial potiguar já começam a pensar no Encontro Econômico Brasil-Alemanha 2019, que será realizado em Natal. E a próxima edição do evento é vista com entusiasmo pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN) e da associação dos presidentes de federação das indústrias do Nordeste, Amaro Sales de Araújo. 

“A presença da delegação do Rio Grande do Norte vem marcar o convite oficial às empresas, aos empresários, às instituições públicas e privadas aqui da Alemanha para participar do EEBA. Representamos o Nordeste, uma região próspera com mais de 50 milhões de habitantes e setores dos mais diversificados”, disse.

Para Amaro Sales, a parceria com os alemães permite a troca de tecnologias e o aprendizado na educação. “Estamos aprendendo, mas também temos, do outro lado, algumas sinergias por parte de setores importantes no Rio Grande do Norte, como o de petróleo e gás”, concluiu.

Intercâmbio comercial 
Presidentes de federações de indústrias avaliaram positivamente a realização de mais uma edição do Encontro Econômico Brasil-Alemanha. Segundo o presidente da FIESC, Glauco Côrte, “a vinda de industriais catarinenses para o encontro é produtiva e fortalece os laços de intercâmbio comercial”.

Assim como Santa Catarina, o Rio Grande do Sul possui forte influência alemã, tendo sido sede do EEBA de 2017. Para o presidente da FIERGS, Gilberto Petry, o encontro é importante para o estreitamento das relações e dos conhecimentos necessários para a atividade industrial. 

“A cada encontro se discutem novas relações e novas tecnologias. Aqui na Alemanha é a Indústria 4.0, chamada de smart industry (indústria inteligente) nos Estados Unidos, a manufatura avançada, e no Japão são as smart plants (fábricas inteligentes)”, explicou. Petry também destacou as discussões referentes aos marcos regulatórios no Brasil, com vistas a gerar segurança jurídica aos investimentos externos.

Frustração alemã
O presidente da FIEMG, Flávio Nogueira, percebeu uma frustração dos alemães no fato de o Brasil não conseguir corrigir ou melhorar o ambiente de negócios, sensação também compartilhada pelos empresários brasileiros. “O que podemos tirar de melhor de um evento como esse é ver que, caso o Brasil resolva suas dificuldades, não somente nós brasileiros estamos dispostos a investir, mas também outros países estão ávidos por isso”, avaliou.

Para o presidente da FIEMA, Edílson Baldez, o EEBA reforça a aproximação entre Brasil e Alemanha, como na discussão sobre micro e pequenas empresas. “Os paineis de alto nível discutiram desde a Nova Revolução Industrial, a Indústria 4.0, até a reforma trabalhista, realizada há pouco tempo no nosso país”, completou. Baldez disse ainda que trouxe informações dos estados nordestinos, que estão preparados para receber os alemães na EEBA 2019, a ser realizada em Natal.

EEBA Colônia
O 36º Encontro Econômico Brasil Alemanha (EEBA) é organizado pela CNI e pela BDI, com apoio da Prefeitura de Colônia e da Câmara Brasil-Alemanha de São Paulo (AHK São Paulo). O evento ocorre de forma intercalada entre os dois países.

Neste ano, cerca de 260 participantes brasileiros estão em Colônia. A delegação empresarial brasileira é liderada pelo vice-presidente da CNI Paulo Tigre e conta também com a participação dos presidentes das Federações Estaduais das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN), Amaro Sales de Araújo; de Santa Catarina (FIESC), Glauco José Côrte; do Rio Grande do Sul (FIERGS), Gilberto Petry; de Roraima (FIER), Rivaldo Neves; do Maranhão (FIEM), Edílson Baldez; e de Minas Gerais (FIEMG), Flavio Roscoe. Integram ainda a comitiva o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi, e os diretores regionais do SENAI do Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima e Santa Catarina.
 

*Com informações da Agência de Notícias da CNI
 

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