Setor funerário investe em soluções sustentáveis e inovações ambientais no RN

 

Com gerenciamento de resíduos, energia solar e reaproveitamento de flores, Grupo Morada transforma práticas tradicionais e propõe novos modelos para o setor funerário

A preocupação com o impacto ambiental tem incentivado empresas a revisarem seus processos e incorporarem práticas mais sustentáveis. No Rio Grande do Norte, o Grupo Morada — holding que reúne as marcas Morada da Paz, Morada da Paz Essencial e Morada da Paz Pet — tem se destacado por incorporar práticas sustentáveis à rotina de suas unidades funerárias, em uma agenda que alia inovação, responsabilidade ambiental e acessibilidade.

Desde 2020, a empresa implantou o Plano de Gerenciamento de Resíduos do Serviço de Saúde (PGRSS) e o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), com foco no controle e na destinação adequada dos resíduos gerados nas atividades prestadas. As ações seguem rigorosos protocolos ambientais e integram uma estratégia ampla de mitigação de impactos ecológicos.

“Temos como exigência interna a contratação de empresas especializadas para o manejo de resíduos perigosos e infectantes. Além disso, mantemos espaços adequados para o armazenamento desses materiais e promovemos capacitação constante das equipes”, explica Cláudio Medeiros, especialista em saúde, segurança do trabalho e meio ambiente do Grupo Morada. “Essas medidas reduzem os riscos de contaminação ambiental e garantem maior proteção aos nossos profissionais”.

Entre as ações desenvolvidas, destaca-se o reaproveitamento de homenagens florais. Após o período de exposição nos jazigos, as flores são direcionadas para reciclagem, e os resíduos orgânicos seguem para compostagem — uma iniciativa ainda pouco comum no setor, frequentemente marcado por práticas distantes dos princípios da economia circular.

Outro avanço importante é o investimento em energia limpa. Todas as unidades cemiteriais localizadas em Parnamirim, São José de Mipibu e São Gonçalo do Amarante já contam com placas solares, reduzindo a dependência da energia elétrica convencional e a pegada de carbono.

Sepultamento vertical: uma alternativa sanitária e urbana

A inovação também está presente nas soluções estruturais. Em 2018, o Grupo Morada foi pioneiro no estado ao introduzir os jazigos verticais, um modelo ainda pouco difundido no país. Instalado nas unidades Morada da Paz Mipibu e Morada da Paz Essencial Zona Norte, em São Gonçalo do Amarante, o sistema permite sepultamentos individuais em compartimentos sobrepostos — uma alternativa ao modelo tradicional de cemitérios em formato parque.

A proposta busca atender não apenas às demandas sanitárias e de preservação ambiental, mas também aos desafios relacionados ao uso do solo urbano e à acessibilidade financeira.

“Trata-se de um sistema de sepultamento biosseguro”, explica o diretor executivo do Grupo Morada, Emerson Matos. “Além disso, o espaço foi cuidadosamente planejado, com áreas verdes e zonas de preservação da biodiversidade. Sabemos do nosso potencial transformador e assumimos o compromisso de oferecer alternativas que respeitem o meio ambiente e honrem a memória dos entes queridos.”

Atuando em um setor ainda pouco explorado sob a ótica da sustentabilidade, o Grupo Morada integra um movimento global que propõe uma nova cultura funerária, mais consciente e alinhada aos desafios ambientais contemporâneos.

  Revista Negócios
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