Crédito: Agência Sebrae

Setor de gastronomia atrai novos empreendedores no mercado local

SEG. 01 FEV

O dilema vivido por jovens que ingressam numa instituição de ensino superior não se acaba quando eles encerram a jornada universitária, concluindo ou não o curso escolhido. Na atualidade, a mudança de curso é mais comum do que se imagina e, na maioria das vezes, a trajetória profissional toma um curso bem diferente, mas sempre voltado para o empreendedorismo. Foi isso que aconteceu com o jovem Marlon Vinícius Lucena de Medeiros, que depois de estudar três semestres do curso de Biomedicina, migrou para o curso de Gastronomia que concluiu em dois anos e resolveu empreender há seis meses, em plena pandemia.

Estimulado por amigos e familiares à montar o seu próprio negócio num dos setores mais afetados pela pandemia, o jovem de 21 anos encarou o desafio e continua firme no propósito de alcançar a receita do sucesso. Após alguns meses atendendo apenas aos pedidos de um núcleo restrito de parentes mais próximos, Marlon Vinícius decidiu se tornar um Microempreendedor Individual (MEI) com a orientação do Sebrae-RN e o apoio da família. Deixou a cozinha do apartamento da família e montou uma pequena loja num shopping instalado na avenida Engenheiro Roberto Freire, corredor turístico que leva às praias do litoral sul da capital. A estrutura de cozinha, balcão frio, uma pequena vitrine aquecida e mobiliário foi viabilizada através de um empréstimo concedido pela Agência de Fomento do Estado (AGN).

Satisfeito com a aceitação dos seus produtos vendidos na loja e por delivery, Marlon Vinicius vislumbra ampliar a variedade de itens ofertados à clientela. Um produto campeão de vendas é o quiche de alho-poró, seguido de outros sabores como carne de sol com queijo, frango e calabresa. Tendo iniciado a produção dos salgados, patês, geleia de pimenta e molhos em junho de 2020, passou a vender e atender as encomendas exclusivamente por delivery. Em outubro e novembro estruturou a loja para o atendimento no local. “Estou buscando criar novos produtos e ampliar os sabores dos que já produzo”, avisa.

Antes de se tornar MEI, Marlon Vinicius teve que vencer o receio de se arriscar numa atividade que estava fazendo muitos comerciantes baixarem suas portas. Por outro lado, acreditava muito no poder do digital, cujas vendas cresceram vertiginosamente com o advento da pandemia. Apostou no seu talento e no amor pelo que fazia. “Eu resolvi empreender com medo mesmo, porque eu sabia que podia vencer com o apoio da família, amigos e do Sebrae, que me ajudou desde à formalização, passando por orientações de compras de insumos, até a busca por crédito. Consegui um empréstimo com a AGN, o que ajudou bastante na estruturação desse espaço para eu trabalhar com mais traquilidade”, lembra o jovem empreendedor.

Agência Sebrae

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