Demitir servidores e reduzir a folha de pagamento em R$ 5 milhões. Esta é uma das medidas imediatas apontadas pelo Governo do Rio Grande do Norte para amenizar a crise financeira, que assola o Estado. Cristiano Feitosa, secretário de Administração e Recursos Humanos, afirma que o Executivo deve cotar 280 cargos comissionados, ou seja, 20% de um total de 1.380.
E não para por aí. Ainda segundo o secretário, cerca de 600 funcionários aposentados, mas que mantém vínculo empregatício com o Governo (portanto, recebem duas fontes de renda), distribuídas entre os órgãos estaduais - Ceasa, Datanorte a Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn) -, também, devem ser demitidos em breve.
E cabe mais servidor na lista de demissões do Estado. Cristiano explicou, em entrevista ao G1/RN, que a secretaria também está fazendo um levantamento com funcionários que têm vínculos irregulares no Executivo, aqueles que possuem mais de uma matrícula ativa. “Estamos fazendo o levantamento com base em informações do Tribunal de Contas do Estado”, acrescenta. Este grupo de servidores pode ser o próximo atingido pelas demissões.
Para sair da crise, o Governo do RN encaminhou na semana passada à Assembleia Legislativa um pacote com 18 medidas, incluindo a demissão de 20% dos cargos comissionados. Os parlamentares voltam a avaliar cada item, nesta terça-feira (16), sob os protestos de servidores, que se aglomeram na frente da casa parlamentar do RN, em Natal.