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Reskilling e Upskilling: não dá para fugir do novo

 

O relatório The Future of Jobs Report, publicado em outubro de 2020 pelo Fórum Econômico Mundial, prevê a extinção e a geração de cerca de 90 milhões de empregos nos próximos cinco anos. Este número pode parecer assustador, mas a boa notícia é que existe uma probabilidade de 85% das profissões que vão existir no mundo, por volta de 2030, ainda não tenham sequer sido criadas. É o que aponta o estudo Realizing 2030: A Divided Vision of the Future, desenvolvido pela Dell Technologies em parceria com o Institute For The Future (IFTF).

Duas palavras representam uma grande importância nesse processo de reciclagem e aquisição de conhecimentos profissionais para o sucesso futuro: o reskilling e o upskilling.

Reskilling

Reskilling nada mais é do que o termo em inglês correspondente à requalificação. Corresponde à possibilidade do colaborador aprender novas qualidades ou métodos que lhe possibilitem realizar trabalhos diferentes.

A aplicação desse método ocorre, geralmente, quando a empresa nota no funcionário a existência de características que podem ser melhor aproveitadas caso aplicadas em outros setores e outras atividades empresariais.

A técnica, que destoa do upskilling (conforme veremos abaixo) atua como uma espécie de ajuste de rota. Isso permite que haja a realocação do colaborador a fim de que ele passe a prestar serviços em um setor diferente do qual se encontra, no qual pode ser mais produtivo e interessante à organização.

A técnica corresponde a um investimento realizado dentro da própria empresa. Cabe ao gestor apresentar ao colaborador formas de aprendizados, como cursos, palestras e até mesmo sua profissionalização por meio da concessão de bolsas de estudo para ensino superior ou especialização, por exemplo.

Algumas ações são importantes para iniciar um processo de reskilling são: descubra quais áreas correlatas à sua estão em ascensão; entenda como aproveitar sua bagagem para migrar de carreira; análise possibilidades de reposicionamento dentro da sua empresa; desenvolva soft skills requisitadas como pensamento crítico e analítico; e invista em cursos intensivos que favorecem uma entrada mais rápida no mercado.

Upskilling

Esse termo advém do inglês e sua tradução para português corresponde a “aprimoramento”. Sua aplicação diz respeito ao desenvolvimento das capacidades que o empregado já apresenta.

Enquanto no reskilling a técnica é aplicada de forma a desenvolver habilidades em outras áreas diversas àquela de atuação do colaborador, aqui o foco se dá no aprofundamento de seus conhecimentos e habilidades.

Assim, é possibilitado ao empregado aprender mais sobre seu ofício, sendo que a sabedoria adquirida é reaplicada na empresa investidora.

Nesse caso o funcionário já possui certo domínio. A empresa que investe no aprimoramento do empregado busca, assim, agregar valor à própria instituição em que ele já presta serviços.

É possibilitado ao colaborador aprender técnicas e conceitos que lhe permitam aumentar a qualidade do que já desenvolve dentro de uma organização, assim como otimizar seu tempo.

Por mais que muitas organizações estejam criando iniciativas de atualização de habilidades para as pessoas colaboradoras, você pode tomar à frente em seu próprio processo de upskilling. Algumas formas de fazer isso são: desenvolver uma mentalidade de lifelong learner; estudar as novas tendências da sua área de atuação; investir em cursos de atualização; desenvolver seu domínio de ferramentas tecnológicas; e aproveitar as oportunidades de aperfeiçoamento oferecidas na empresa.

Diferenças

A diferença entre ambos os conceitos está no objetivo da formação: enquanto o upskilling visa ensinar a um trabalhador novas competências para otimizar seu desempenho, o reskilling (também conhecido como reciclagem profissional) procura dar treinamento a um funcionário para realojá-lo num novo posto na empresa. Em linhas gerais, diz-se que o primeiro cria trabalhadores mais especializados e o segundo mais versáteis.

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