O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) pretende investigar o desabastecimento do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), o “gás de cozinha”, em razão de possível redução da produção pela Petrobras no Estado. A Petrobras vem reduzindo drasticamente sua produção de barris na bacia potiguar numa política chamada de forma eufêmica como projeto de “desinvestimento”. O procurador-geral de Justiça (PGJ), Eudo Rodrigues Leite, constituiu uma comissão formada por seis promotores de Justiça para apurar a falta do gás que está prejudicando milhares de famílias no Estado.
O Sindicato Patronal dos Revendedores de GLP do Estado (Singás-RN) lidera um movimento para alertar desta grave situação e inclusive ocuparam o Centro Administrativo do Estado ontem para chamar atenção do assunto. A informação do Singás é de que 95% dos pontos de revendas começarão a ficar sem o produto a partir desta quarta porque a Petrobrás teria reduzido a produção. Segundo o sindicato, revendedores não estão honrando contratos com órgãos públicos, escolas e hospitais, e os maiores atingidos são as pessoas mais carentes, que utilizam “botijões” de gás.
A comissão do MP que vai investigar esse desabastecimento será formada pela procuradora-geral de Justiça adjunta (PGJA), Elaine Cardoso, e pelos promotores de Justiça Carlos Henrique Rodrigues da Silva, Leonardo Cartaxo, Marcus Aurélio de Freitas Barros, Maria Danielle Simões e Sérgio Luiz de Sena.