Público-privada pode ser o caminho para o progresso

TER. 26 JUN

As concessões público-privada foram apontadas como soluções para investimentos e gestão em infraestrutura e energias do Brasil, durante o painel “Infraestrutura logística e de energias” durante o Encontro Econômico Brasil Alemanha, em Colônia, na Alemanha, nesta terça-feira (26). O painel reuniu especialistas dos dois países para discutir desafios e alternativas para melhorar a infraestrutura e, com isso, ampliar a competitividade do Brasil. A delegação da FIERN acompanhou as explanações de representantes de entidades governamentais e empresas dos dois países.

Foram expostos como a Alemanha pode apoiar o Brasil para ter infraestrutura e logística mais eficientes, seja com a troca de experiências e tecnologias já usadas no país europeu. Como tecnologia de eletrificação e de sinalização de trens, e projetos de modernização do sistema de ferrovias, além de parcerias público-privadas.

O gerente de projetos do Ministério dos Transportes, Fábio Lavor Teixeira destacou a decisão por processos de concessão público-privada. “É uma decisão do Brasil fortalecer o papelão do setor privado para fomentar o investimento em infraestrutura. O governo não tem como bancar todos os investimentos e é preciso essas parcerias com a iniciativa privada”, afirma. Lavor destacou que este é o ano das ferrovias, com a retomada dos processos de concessão e de revisão destas, a partir da atuação de agências reguladoras e de novas privatizações.

Além disso, ele citou as PPPs no setor de rodovias, com novo edital sendo lançado este mês, e também dos terminais portuários de grande porte de cargas. “A dívida do Brasil com a infraestrutura faz o país ter menor competitividade. Mas estamos revendo estratégias para ampliar essas concessões e tornar o país com maior potencial no transporte de cargas, exportação e importação”, ressaltou o representante do Ministério dos Transportes.

O executivo da Siemens Brasil, Andreas Bonetti, ressaltou a necessidade de alternativas em infraestrutura logística para o Brasil, ao lembrar o episódio da greve dos caminhoneiros que paralisou o país no mês passado. Bonetti destacou o potencial do país em transporte de commodities e pontuou desvantagens do sistema de transporte com tecnologia obsoleta, velocidade média baixa (15km/h) e baixa capilaridade. “O Brasil precisa aumentar sua competitividade investindo em infraestrutura. É um caminho inteligente foi a decisão pela parceria público privada”, destacou.

O presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina, Glauco Côrte (acima), apresentou o potencial do país para energia solar. Em Santa Catarina há 2.560 usinas fotovoltaicas gerando 20.5 MW. E detalhou a iniciativa da Federação em lançar, no ano passado, o programa Indústria Solar, que teve adesão de 2,5 mil participantes sendo 1,9 mil residências.

O painel contou ainda com as apresentações de Oliver Pietz, da empresa de transporte alemão DB Engineering, de Christiane Laibach, da DEG, e Jorn Schmersahl, de um empresa privada de transporte de cargas Rhenus Air e Oceanos Europe.


*Com informações da Assessoria de Comunicação da FIERN
 

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