O Sebrae no Rio Grande do Norte abre, a partir desta quinta-feira (28), o período para novas adesões para o projeto Genepotro. O programa fomenta a reprodução de equinos de alto padrão com modernas técnicas reprodutivas para melhorar o padrão genético rebanho potiguar. A vantagem é que o Sebrae subsidia 70% do valor total dos procedimentos. Este ano, a instituição espera uma ampliação de 30% no número de atendimentos. As adesões seguem até o dia 30 de abril. A iniciativa tem a parceria da Associação Norte-riograndense de Criadores (Anorc) e da Associação Norte-riograndense dos Criadores de Cavalos Quarto de Milha (ANQM).
O Genepotro viabiliza que criadores de todas as raças de cavalos possam reproduzir os animais de alto de padrão e, assim, melhorar a qualidade do rebanho equino do Rio Grande do Norte. O programa recorre a modernas técnicas biorreprodutivas, que são adquiridas em pacotes e os procedimentos são executados pela Central Bompasto, um moderno centro biotecnológico especializado na criação de cavalos localizado no município de Serrinha, no Agreste Potiguar.
Nesta edição, o projeto vai oferecer três tipos de técnicas. Uma delas é a transferência de embriões. Os criadores podem contratar até quatro transferências, cujos valores finais já com o subsídio variam de R$ 2,1 mil a R$ 8,4 mil. No caso da inseminação artificial, é possível inseminar até dez éguas reprodutoras e os valores finais vão de R$ 888 a R$ 8,8 mil. A terceira técnica é o congelamento e descongelamento de sêmen. O programa oferece pacotes entre 50 e 600 palhetas de sêmen e os custos finais para os criadores variam de R$ 750 a até R$ 9 mil.
O lançamento da edição 2019 do Genepotro ocorreu na tarde desta quarta-feira (25) e contou com a participação de criadores de cavalos e proprietários de haras. Prestigiaram o evento o diretor superintendente do Sebrae-RN, José Ferreira de Melo Neto, e o diretor técnico, João Hélio Cavalcanti. “Temos uma avaliação muito boa do projeto Leite & Genética, que deu origem ao Genepotro, e esperamos ter uma grande adesão a esse projeto de melhoramento de equinos”, destacou o superintendente, alegando que 2019 será um ano que promete para o agronegócio. Ele anunciou a realização no RN de mais uma edição Encontro Nordestino do Setor de Leite e Derivados (Enel), em agosto.
O lançamento também contou as presenças do presidente do presidente da ANQM, Leonardo Dias, e do diretor da Bompasto, Júnior Teixeira, que adiantou a introdução no Genepotro, ainda neste ano, de uma nova técnica, considerada a mais moderna. O procedimento utiliza apenas um espermatozoide para ser inserido no oócito, e por isso, a técnica não requer um sêmen de boa qualidade.
De acordo com o gestor do Genepotro, Ácacio Brito, o projeto foi todo estruturado para fomentar a criação de cavalos como negócio, e não como hobbie. Essa atividade movimenta em torno de R$ 15 bilhões por ano no Brasil, cifra maior que a indústria automobilística, inclusive em geração de postos de trabalho. “Essa aproximação nos ajuda a ajustar pequenos detalhes para termos um projeto primoroso em função das sugestões de melhoria. Com diálogo, conseguimos avançar”, disse em relação ao encontro com os criadores.
No ano passado, através do Genepotro, 18 reprodutoras já foram inseminadas artificialmente por meio do projeto. Em outras 74 éguas, foram realizados procedimentos de transferência de embriões. 1,1 mil palhetas de sêmen equino foram congeladas e 31 doses de esperma foram sexadas para escolha antecipada do sexo do embrião via Geneotro, que já atendeu a 39 criadores de cavalos no Rio Grande do Norte.
Atualmente, o rebanho equino do estado é de mais de 40,3 mil cabeças, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A proposta do Sebrae com o Genepotro é permitir que criadores possam ampliar o número de animais de alto padrão e, assim, elevar o padrão genético de todo o rebanho potiguar.
Fonte: Agência Sebrae