Programa fomenta competição nas pequenas indústrias

 

O Brasil está em 17º lugar no ranking de competividade, o que resulta em uma maior necessidade de desenvolvimento e avanço das empresas brasileiras do segmento industrial. A questão está sendo objeto de discussão no Encontro Nacional de Gestores do PROCOMPI - Programa de Apoio à Competitividade das Micro e Pequenas Indústrias, que se encerra nesta sexta-feira (17) no auditório do Serhs Natal Grand Hotel, em Natal.

O PROCOMPI é realizado através de um convênio entre a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e aponta soluções e ações voltadas a competitividade, visando elevar o Brasil e a sua colocação dentro do ranking. Segundo a analista técnica do Sebrae e membro do Comitê Nacional do PROCOMPI, Durcelice Mascene, o país já avançou muito, mas ainda tem muito o que se fazer e construir. “Precisa-se focar e trabalhar cada vez mais a inovação e a gestão de negócios”, recomenda.

O Sebrae tem um papel fundamental para a viabilidade de todas as ações do Programa de Apoio à Competividade das Micro e Pequenas Indústrias. “O Sebrae tem um papel importante nessa estratégia, nessa ação do Programa, porque além dos recursos financeiros, ele soma essa mobilização com as indústrias, com as empresas que fazem parte desse trabalho em 22 Estados e leva toda sua expertise e o seu portfólio de produtos para qualificar melhor essas empresas no quesito de gestão e inovação, visando o avanço da sua competitividade e um melhor posicionamento no mercado nacional e internacional”, explica Durcelice.

Até o momento foram aprovados 85 projetos nesses 22 estados, que atenderam 1.953 empresas, o que gera um impacto expressivo para o segmento da pequena empresa. Os projetos são peças fundamentais no avanço e desenvolvimento do setor industrial. Dentro do Programa, cada projeto precisa atender a cinco metas. Na sua construção o gestor precisa se atentar as porcentagens, como aumentar 15% a produtividade da empresa do segmento que está sendo atendido, 30 % de implantação de ações relacionadas ao meio ambiente onde ele atua, 30% de implantação de ações de inovação, 20% de redução de custos da produção e 15% de empresas com produtos e serviços, processos novos e aperfeiçoados. “Então dentro da atuação dos projetos existem objetivos e porcentagens de questões a serem resolvidas que impacta na produtividade, no meio ambiente, na inovação, na produção e nos processos e serviços dessa empresa”.

O PROCOMPI é essencial e de grande importância, na medida em que fomenta a competividade junto as empresas de pequeno porte do setor industrial, permitindo-lhes ter a capacidade adequada de entrar no mercado concorrendo com as médias e grandes empresas do segmento. Durcelice destaca que existem questões essenciais que precisam ser adotadas para as empresas conseguirem alcançar uma maior competividade, como a inovação e qualificação de produtos. Fatores como logística, embalagem e sustentabilidade são trabalhados dentro de setores e projetos, atendidos nas ações realizadas pelo Programa.

A modernização tecnológica tem aumentado bastante, perpassando por todas as ações e projetos executados no setor industrial. A analista técnica do Sebrae Nacional ressaltou esse aumento. “Nós temos algumas experiências de projetos que entraram muito nessa questão da inovação, da inserção digital e dos negócios digitais. A gente tem um projeto criado que traz toda essa questão do reciclado, uma proposta importante para o Brasil e para o mundo, pois nesse caso se resolve a questão da identificação dos resíduos para a indústria, de como se destina esses resíduos, onde eles estão e como se faz o seu descarte”.


Fonte: Agência Sebrae de Notícias
 

  Revista Negócios
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