O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) registrou variação de 0,21% em abril, informou nesta sexta-feira (20), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador mede a inflação do dia 15 de um mês ao dia 15 do mês seguinte e funciona como uma prévia da inflação oficial, medida pelo IPCA.
A variação registrada é a menor para um mês de abril desde 2006 e o acumulado entre janeiro e abril, 1,08%, é o menor desde o início do Plano Real em 1994. O resultado de abril ficou 0,11 ponto percentual acima da taxa de março, acumulando 2,8% em 12 meses.
O grupo Comunicação foi o único que apresentou queda na variação de preços, com -0,15%. As maiores variações foram registradas em Saúde e Cuidados Pessoais (0,69%) e Vestuário (0,43%). O índice para Alimentação e Bebidas ficou perto da estabilidade: 0,15%.
A queda de 0,15% do grupo Comunicação foi influenciada, principalmente, pelo item telefone fixo (-0,45%), em função da redução nas tarifas das ligações locais e interurbanas de fixo para móvel em vigor desde 25 de fevereiro.
No grupo Saúde e cuidados pessoais (0,69%), a pressão foi exercida pelo item plano de saúde (1,06%) e pelos remédios (0,63%) refletindo parte do reajuste anual, em vigor desde 31 de março, variando entre 2,09% e 2,84%, conforme o tipo do medicamento.
Entre as capitais pesquisadas, o Rio de Janeiro teve a maior variação com 0,43% de inflação, enquanto Recife e Goiânia anotaram deflação de -0,07% e -0,1%, respectivamente.
Cálculo
Para o cálculo do IPCA-15 os preços foram coletados entre 16 de março e 13 de abril de 2018 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 16 de fevereiro a 15 de março de 2018 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.
Fonte: Agência Brasil e IBGE