Mariana Rocha e Isabelle Martins no curso LGPD PRO
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Potiguares apostam na mais nova profissão brasileira: Data Professional Officer

SEX. 12 NOV

Se depender dos potiguares, a coleta, o processamento e o armazenamento de informações pessoais dos cidadãos estão sãos e salvos. Com a vigência da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), muitos profissionais, de diferentes áreas de atuação, têm visto o momento como uma oportunidade para se reinventar e crescer nessa mais nova carreira: DPO, sigla em inglês para Data Professional Officer, ou Encarregado de Dados.

A formação em DPO vem a partir de cursos com base na legislação, fundamentado em valores como direito à privacidade e à proteção de dados pessoais dos usuários, além de segurança jurídica entre titular dos dados pessoais e detentor das informações. Essa especialização é necessária para atender uma exigência da Lei, que obriga todas as empresas que armazenam dados pessoais a ter um DPO.

Adriana Andrade, de 47 anos, é advogada do direito cível e imobiliário em Natal (RN) e João Pessoa (PB). Vislumbrando um futuro ainda mais promissor, especializou-se recentemente neste novo segmento. “O meu objetivo é atender a necessidade dos meus clientes e do mercado. Acredito que todos os advogados têm que se atualizar e se preparar para essa nova realidade. As grandes empresas já estão exigindo que seus prestadores de serviços estejam adequados à LGPD. Já existe uma grande demanda e sou muito criteriosa e exigente comigo mesma para atuar em uma determinada área. Por isso, estudo o assunto e me atualizo de tudo”, conta.

Advogada especialista em Direito Empresarial e LGPD, Isabelle Martins empreende em Natal e no Recife (PE) ao realizar o curso LGPD PRO para formação de novos profissionais. A capacitação dura três meses, com aulas práticas e teóricas, podendo ser feita de forma remota. Uma vez formado, esse tipo de “especialista em segurança da informação” pode atuar como funcionário contratado e nomeado para essa função ou também pode ser um prestador de serviços como "DPO as a service", sendo, dessa maneira, autônomo para atender clientes que necessitem de consultorias técnicas.

Segundo Isabelle, essa é um segmento em plena expansão e chega para agregar valor em um momento em que o mercado profissional brasileiro passa por transformações. “Apesar da LGPD já ser uma realidade em nosso país, não há especialistas suficientes no mercado. Por isso, o momento é de enxergar isso como uma ótima oportunidade para crescer profissionalmente. Quem sabe até mudar de área, já que para ser um DPO não há exigência de o indivíduo ser de um ramo específico”, frisa.

Vocação

A formação em DPO é uma conquista para a advogada Mariana Rocha Martins, de 32 anos. Depois de muito se dedicar ao serviço público, migrou para a advocacia privada desejando ter mais flexibilidade de horário e autonomia na escolha das áreas de trabalho, entre elas, o Direito Digital. “Atualmente, após o curso LGPD PRO, passei a atuar como consultora em proteção de dados implementando projetos de adequação a legislação em empresas”, comemora a natalense.

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