Lançado em 2020, o Pix, sistema de pagamento instantâneo, é utilizado por cerca de 115,2 milhões de brasileiros. O sistema do Banco Central já registrou mais de 380 milhões de chaves – dados disponibilizados aos contatos para receber transferências monetárias em poucos segundos. Dados do relatório do Banco Inter mostram que, somente em dezembro de 2021, o volume financeiro transacionado por Pix foi de R$ 716 bilhões. Por ser fácil de usar, gratuita e segura, a modalidade tem ganhado cada vez mais adeptos, inclusive nos e-commerces brasileiros.

De acordo com o Estudo de Pagamentos Gmattos, divulgado pelo jornal Valor Econômico em abril de 2022, a aceitação do Pix nas grandes lojas on-line teve um aumento de 69,5%, enquanto o pagamento por débito caiu para 27,1%. A modalidade fica atrás apenas do pagamento por cartão de crédito, aceito em 83,9% das lojas entrevistadas e do boleto, aceito em 76,3%. Ainda segundo a Gmattos, é possível que, até o fim de 2022, a aceitação dos e-commerces chegue a 90%.

A MyPharma é um exemplo de e-commerce que aceita o pagamento por Pix. Ela é a maior plataforma de loja virtual para farmácias do Brasil, com uma carteira que soma mais de 600 farmácias, o que representam mais de 20% de marketshare de e-commerces farmacêuticos do país. Segundo o chefe de redação da MyPharma, Jair Paulo Siqueira, as vantagens de aceitar o meio de pagamento on-line são muitas.

“Muitas pessoas não têm cartão de crédito e não conseguem realizar compras on-line. O Pix é uma alternativa para as pessoas e, inclusive, tem muitas vantagens para os lojistas, pois recebe o valor da venda em segundos, o que significa uma economia ao capital de giro, e a confirmação rápida da venda, permitindo uma atualização rápida do estoque de produtos disponíveis para venda”, explica Jair.

A startup possui integração com os estoques dos clientes e com a base de estoque, que permite fazer a gestão de mais de 40 mil produtos entre medicamentos e perfumaria devidamente catalogados com imagem, nome e descrição.

“A ferramenta é 100% personalizada de acordo com o que o cliente deseja, inclusive com os meios de pagamento disponibilizados para facilitar a jornada de compra do cliente e a gestão de estoque da loja”, enfatiza Jair.

Embora tenha um grande número de adeptos, o pagamento via boleto não é certo, pois o cliente pode não efetuar o pagamento ou desistir da compra. “O produto fica bloqueado no estoque da loja, o que pode gerar a perda de uma venda, pois o lojista fica aguardando confirmação do pagamento, que muitas vezes não ocorre”, finaliza Jair.

Tendência

A tendência é que o Pix continue conquistando cada vez mais adeptos. Hoje, tem máquinas de cartão mais modernas integradas com pagamento via PIX. Ainda assim, o cartão de crédito tem uma ampla vantagem nas vendas digitais. Isso porque oferece parcelamento sem juros, pontuação em programas de milhagem, programas de cashback, entre outros.

Quem ainda não aceita pagamentos por Pix, esse é o momento de se adaptar, pois o Banco Central promete aprimorar a modalidade em 2022, oferecendo novas funcionalidades, como parcelamento, transações off-line, compras internacionais, envio de dinheiro para o exterior e débito automático.