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Pequenos negócios na Paraíba representam 95% do total de empresas no estado

 

Da padaria da esquina à startup que desenvolve soluções para facilitar a rotina de grandes empresas, os pequenos negócios estão constantemente mudando a vida das pessoas. De acordo com dados da Receita Federal, a Paraíba atualmente conta com 95% do total de empresas no estado registradas como micro e pequenas empresas, cuja data foi comemorada nacionalmente na segunda-feira (5), desde quando foi instituída a homenagem, em 5 de outubro de 1999.

Das 238.918 empresas registradas na Receita Federal na Paraíba, 228.215 são pequenos negócios, ou seja, 95% do total. Essas, juntas, são responsáveis pela produção de 29,6% do PIB paraibano, ou seja, uma riqueza no valor de R$ 18,49 bilhões, de acordo com o último PIB divulgado, de 2017.

Os dados do Sebrae ainda apontam que, em relação aos municípios, João Pessoa (72.214 pequenos negócios), Campina Grande (32.709) e Patos (7.207) são aqueles que mais concentram pequenas empresas. Já em relação aos segmentos, destacam-se o comércio varejista (com ênfase no comércio de vestuário e acessórios), com 149.991 empresas, e o setor de alimentação, com 15.281.

"São esses empreendimentos que formam a base da economia paraibana e fazem parte do cotidiano de toda a sociedade. Valorizar o pequeno negócio é, também, promover o desenvolvimento local, fortalecendo a economia do nosso estado", afirmou o superintendente do Sebrae Paraíba, Walter Aguiar.

O presidente da Federação da Micro e Pequena Empresa da Paraíba (Femicro-PB) e vice-presidente do Conselho Deliberativo Estadual (CDE) do Sebrae Paraíba, Antônio Gomes de Lima, destacou que os pequenos negócios precisam de atenção e estímulos permanentes para que possam continuar contribuindo com o desenvolvimento do país. Ele também destacou que, diante das dificuldades enfrentadas desde o início da pandemia, as micro e pequenas empresas precisam investir em criatividade e vendas digitais para superar esse período de crise.

“Os números demonstram a grande importância das micro e pequenas empresas para o desenvolvimento econômico e social da Paraíba. Por essa razão, precisamos fortalecer cada vez mais esse segmento que, em todos os aspectos, merece um tratamento diferenciado, para que possa continuar contribuindo com a geração de emprego e renda para a sociedade paraibana e sendo protagonista no processo de desenvolvimento do estado”, enfatizou Antônio Gomes.

Case de sucesso - A designer de produtos Maria Eduarda Braga, recentemente formada pela UFPB, decidiu investir em seu próprio negócio após ser demitida durante a pandemia. "Desde a universidade eu tinha um projeto de moda em que eu costurava umas peças autorais e comercializava pelo Instagram, principalmente no período do carnaval. Daí, esse ano, eu vi que era a hora de investir nesse meu negócio para valer", diz ela.

O que era apenas a produção de peças autorais se uniu, também, à moda sustentável, e hoje a Shop Made, um e-commerce (https://www.shopmade.com.br/), teve sua inauguração realizada no último final de semana, quando já foi vendido 50% do seu estoque. "Foi graças ao Sebrae que eu pude estruturar isso de forma mais profissional e pude entender melhor todas as etapas de funcionamento de uma empresa. Consegui materializar, concretizar esse projeto", destaca.

Os pequenos negócios – Entre outras especificidades, a principal diferença entre as três categorias de pequenos negócios está relacionada com a receita bruta anual. No caso do MEI, essa receita tem como limite anual o valor de R$ 81 mil. Já as microempresas possuem receita bruta anual igual ou inferior a R$ 360 mil. Por fim, as empresas de pequeno porte são aquelas cuja receita anual é superior a R$ 360 mil e igual ou inferior a R$ 4,8 milhões.

Agência Sebrae

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