O Rio Grande do Norte encerrou 2024 com 241.123 pequenos negócios ativos, um aumento de 7,56% em relação a 2023, segundo o Boletim Pequenos Negócios em Números, do Sebrae-RN. O estado registrou 16.955 novos negócios em comparação aos 224.168 do ano anterior. Nos últimos cinco anos, a variação foi de 56,9%, reforçando a diversificação econômica, a geração de empregos e a resiliência local.
Os microempreendedores individuais (MEIs) lideram, com 125.053 pequenos negócios ativos no regime do Simples Nacional. As microempresas (MEs) totalizam 61.874 registros, enquanto as empresas de pequeno porte (EPPs) somam 8.644. O setor de serviços é o mais representativo, com 97 mil empresas, seguido pelo comércio (68.862), indústria (17.307), construção (11.346) e agropecuária (1.051).
Letícia Lopes, maquiadora e MEI desde 2023, faz parte desse universo de pequenos empreendedores. Com atendimento presencial no SamaraLiz Studio, no bairro Nazaré, Zona Oeste de Natal, e pelo perfil no Instagram @rebocadabb, Letícia ampliou seu negócio para atender também nos finais de semana. “A formalização me trouxe vários benefícios, como o auxílio-maternidade, que pude acessar corretamente sendo MEI”, destacou.
Concentração por Municípios
Natal lidera com 89.121 pequenos negócios, seguida por Parnamirim (25.055) e Mossoró (23.505). Outros municípios de destaque incluem São Gonçalo do Amarante (6.941), Caicó (5.504), Macaíba (4.210), Extremoz (3.781), Assú (3.434), Ceará-Mirim (3.402) e Currais Novos (3.344).
Mortalidade Empresarial
Apesar do crescimento, o estado registrou uma taxa de mortalidade empresarial de 61,39% em 2024, alinhada à média nacional de 61,4%. Foram abertas 43.447 novas empresas, enquanto 26.674 encerraram suas atividades. No Nordeste, o cenário é semelhante, com taxas de mortalidade em estados vizinhos como o Ceará (67,4%), Paraíba (67,1%), Pernambuco (66,3%) e Bahia (66,4%).
“A mortalidade de empresas é um fenômeno complexo, influenciado por fatores como o cenário econômico e a fiscalização, que expurga CNPJs irregulares ou inativos. A volatilidade do MEI também impacta esses indicadores”, explicou Thales Medeiros, gerente da Agência Sebrae Grande Natal.
As microempresas apresentaram a maior taxa de mortalidade, com 71,88%, seguidas pelos MEIs (59%) e pelas EPPs (36%). O quadro ressalta a necessidade de políticas públicas e iniciativas de capacitação para fortalecer a sustentabilidade dos pequenos negócios no estado.