As micro e pequenas empresas lideraram a geração de novos postos de trabalho no Rio Grande do Norte em novembro. O estado encerrou o penúltimo mês do ano com um saldo de 4.796 empregos e, desse total, 97% ocorreu entre aqueles negócios cujo faturamento anual bruto não ultrapassa R$ 4,8 milhões. Os chamados pequenos negócios criaram em terras potiguares em um período de 30 dias mais de 4,6 mil novos empregos, um resultado significativo frente ao saldo de cerca de 330 vagas geradas pelas empresas de médio e grande portes.
Os dados foram apresentados pelo Sebrae no Rio Grande do Norte, com a divulgação do ‘Mapa do Emprego no RN’, um informativo que analisa os dados fornecidos nesta quarta-feira (23) pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, fazendo um recorte específico sobre a situação do mercado de trabalho formal no estado.
De acordo com o estudo, o saldo de 4.796 vagas registrado em décimo primeiro mês de 2020 é conseqüência de um número maior de contratações - 125.679 admissões – contra 122.422 demissões de trabalhadores com carteira assinada no período. Esse saldo é 184% maior que o verificado em novembro de 2019, quando o RN teve a geração de 1.690 novas vagas, e coloca o Rio Grande do Norte entre os cinco estados que mais abriram novas frentes de trabalho no Nordeste. Comparando o saldo de novembro com o mês anterior, o resultado é também positivo. O saldo de novembro superou em 3% a marca verificada em outubro deste ano, quando foram gerados 4.657 novos empregos.
Esse desempenho é fruto do volume de contratações de funcionários pelos setores do comércio, que abriu 2.088 novas vagas, e do setor de serviços, com a geração de 1.942 novos empregos, no mês. A indústria e a construção civil também apresentaram resultados positivos com saldos de 546 empregos e 377 vagas, respectivamente. O único segmento econômico a ter perdas de postos de trabalho foi o da agropecuária, que teve uma baixa de 157 vagas.
Com isso, o Rio Grande do Norte tem atualmente um estoque de 430.873 trabalhadores empregados formalmente. No acumulado de 11 meses, o estado possui um saldo de empregos, com 3.257 vagas. Apesar de positivo, justamente em um ano atípico do ponto de vista econômico devido à crise gerada pela pandemia da Covid-19, o saldo acumulado é quase a metade do verificado em igual intervalo do ano passado, quando o RN acumulava um saldo de 6.281 vagas.
Entre os segmentos que mais geraram novas vagas no ano, está o da construção civil, que até o momento conseguiu contratar 2.591 novos trabalhadores. O comércio aparece em segundo lugar com 1.544 novas vagas criadas e, em seguida, o setor agropecuário, responsável por 816 novas contratações. Em contrapartida, os segmentos em que as demissões suplantaram as novas admissões foram o de serviços, que perdeu até novembro 1.431 trabalhadores, e a indústria, com uma baixa de 263 vagas.
O Mapa do Emprego no RN feito pelo Sebrae aponta exatamente a direção onde a economia potiguar cria novas oportunidades para trabalhadores e mostra onde as vagas foram criadas no mês. E, em novembro, Natal foi a encarregada de elevar o saldo de novas contratações. A capital do Rio Grande do Norte abriu 2.175 novas vagas de emprego formal. Mossoró, Parnamirim,Tibau do Sul e Macaíba também registraram índices positivos de geração de empregos com a criação de 712, 515, 164 e 154 novas vagas respectivamente. Os municípios onde houve as maiores quedas no número de vagas foram Ipanguaçu (58), Governador Dix-sept Rosado (50), Jardim do Seridó (21), Guamaré (17) e Caiçara do Norte (16).
Agência Sebrae