Até o final do próximo ano, o Rio Grande do Norte deverá colocar em funcionamento o Parque Científico e Tecnológico Augusto Severo, construído na unidade do Instituto Santos Dumont, no município de Macaíba, região metropolitana de Natal. Inicialmente o parque terá atividades voltadas para as áreas de energias renováveis, prevenção e reabilitação em saúde e Indústria 4.0 com o objetivo de promover o desenvolvimento social e econômico do estado.
O projeto do parque que já possui uma área construída de 15 mil metros quadrados e está aguardando um recurso do Banco Mundial para entrar em operação, foi apresentado pela assessora do Gabinete da Reitoria da UFRN, professora Angela Paiva, para os membros do Conselho Deliberativo do Sebrae-RN, que reúne representantes 15 instituições e entidades públicas e privadas.
Na opinião de Angela Paiva não há desenvolvimento econômico sem ter como base os conhecimentos científico e tecnológico. E o Parque Científico e Tecnológico Augusto Severo unirá o setor governamental, o produtivo e as universidades e institutos de pesquisas para que sejam geradas soluções para as demandas de todos os setores. “É um ecossistema de empreendedorismo e de inovação, buscando se construir as soluções para os problemas de uma indústria ou mesmo de um organismo governamental em forma de novos produtos ou processos, garantindo o aperfeiçoamento dos seus processos produtivos”, define.
O propósito do parque, segundo Angela Paiva, que coordena um grupo de trabalho com representantes de 13 instituições, é promover o desenvolvimento de empresas, a geração de emprego e renda, e principalmente fortalecer a parceria da academia, que gera conhecimento científico e tecnológico, para a resolução de problemas. “Em síntese é a aplicação do conhecimento no ambiente propício à que ideias virem negócios pujantes e que as pessoas possam ter os seus próprios empreendimentos e possam gerar empregos”, resume Angela, lembrando que o Parque Tecnológico Metrópole Digital, na UFRN, em dois anos já atingiu a casa dos 800 empregos de empresas que estavam incubadas e atualmente estão no mercado.
A reunião do Conselho Deliberativo Estadual foi presidida pelo vice-presidente, Itamar Manso Maciel, e contou com a participação dos diretores José Ferreira de Melo Neto (superintendente), João Hélio Cavalcanti (Técnico) e Marcelo Toscano (de Operações). Itamar Manso Maciel destacou a importância do projeto para o desenvolvimento econômico do estado, enquanto que o diretor superintendente enfatizou a sua grandiosidade e impactos na economia estadual. Já o diretor técnico, João Hélio Cavalcanti, acredita que o parque pode promover a bioeconomia, lembrando o surgimento da ONG Fitovida, que com o apoio do Sebrae se transformou na Plantus Indústria e Comércio de Óleos, sediada em Parnamirim e que detém atualmente a maior quantidade de certificações de produtos orgânicos do Brasil e exporta para todo o mundo.
A professora universitária destacou outras áreas que poderão ser trabalhadas pelo parque, como a indústria cerâmica, cosméticos e desenvolvimento aeroespacial, que requer produtos e processos novos. A expectativa de Angela Paiva é que a primeira fase do parque seja implantada no próximo ano, a depender de um recurso do governo do estado a ser emprestado pelo banco Mundial.
O projeto do Parque Científico e Tecnológico Augusto Severo, coordenado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) conta com a parceria da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), Universidade Potiguar (UnP), do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), Instituto Santos Dumont, Sistema Fiern, Sistema Fecomércio e do Sebrae-RN. Além disso, conta com o apoio governamental das prefeituras de Natal, Parnamirim, Macaíba, São Gonçalo do Amarante e do Governo do Estado.
Agência Sebrae de Notícias