Fomentar a competitividade para ampliar o mercado para 78 oficinas de costura e 60 artesãos, dos quais 30 fazem parte de grupos que produzem os bordados de Caicó, que já detêm o selo de Indicação Geográfica (IG), e sejam inseridos na cadeia de valor do Grupo Guararapes, fazendo com que esses produtos cheguem à rede de lojas da Riachuelo em todo o Brasil. Esse é o objetivo principal do Projeto Mais Integrados, uma ação desenvolvida em parceria entre o Sebrae no Rio Grande do Norte e o Instituto Riachuelo.
O projeto foi lançado nesta quarta-feira (9), durante uma live realizada no hotel Holiday Inn, que contou com a participação dos executivos das duas instituições, incluindo o presidente do Grupo Guararapes, empresário Flávio Rocha.
Através da iniciativa, será oferecida capacitação às pequenas empresas atendidas durante 18 meses, com foco na ampliação da competitividade e do mercado consumidor dos produtos desses pequenos negócios. A proposta é desenvolver até o final de 2022 as empresas de pequeno porte da cadeia de valor da indústria potiguar Guararapes a partir da adaptação do processo produtivo, em conformidade com as exigências da Associação Brasileira do Varejo Têxtil (ABVTEX), que reúne os maiores grupos varejistas do país, e, no caso do artesanato, intervenções na área de design de produto e mercado.
O lançamento contou com a participação dos diretores do Sebrae-RN José Ferreira de Melo Neto (superintendente) e João Hélio Cavalcanti (técnico), além das gestoras dos projetos de Moda e Confecções, Verônica Melo, e de Economia Criativa, Ana Ubarana. Também estiveram presentes no evento o diretor do Instituto Riachuelo, Gabriel Kanner, e a diretora de Comunicação do Instituto Riachuelo, Marcella Kanner. Já o presidente do Conselho de Administração do Grupo Guararapes, o empresário Flávio Rocha, participou da solenidade por videoconferência e destacou o impacto que esse projeto pioneiro pode trazer para o Rio Grande do Norte, já que atingirá diretamente em torno de 2.200 potiguares de 24 municípios do estado.
“Acredito no poder transformacional desse projeto. Com a expansão da Riachuelo no canal digital, que quintuplicou as vendas no período da pandemia, uma loja com 100 funcionários gera cinco vezes mais empregos na produção, dos quais 80% ficam concentrados na costura. Imagine a Riachuelo gerando 10 mil, 20 mil empregos nos próximos anos, quantos postos de trabalho estarão sendo gerados na costura. É um efeito transformacional”, calcula o empresário. Flavio Rocha se refere principalmente ao projeto Pró-Sertão, que consolidou e viabilizou o desenvolvimento das pequenas unidades de costura do estado, principalmente em pólos como o Seridó.
“Uma cidade com cinco ou dez mil habitantes que nunca tinha visto uma carteira de trabalho assinada. Com o pontapé de uma oficina do Pró-Sertão, seis meses depois, vê que houve uma verdadeira revolução”, compara Flávio Rocha, referindo-se ao sucesso que pode alcançar com as ações do projeto Mais Integrados, que reúne moda e confecção e produção associada ao artesanato.
“Essa parceria foi sonhada por nós, do Sebrae, e também pela Riachuelo há muitos anos. Com esse projeto, vamos fortalecer as empresas que trabalham com oficinas de costuras e abrir portas para o artesanato potiguar, sobretudo para o IG do Bordado de Caicó. A gente vai dar visibilidade ao nosso artesanato e vamos dar oportunidade das pessoas trabalharem e venderem, gerando renda e mudando de vida, notadamente os pequenos artesãos do estado, por meio dessa articulação e devido à grande capilaridade nacional que a Riachuelo possui”, ressalta o diretor superintendente do Sebrae-RN, José Ferreira de Melo Neto.
Agência Sebrae