O Sebrae no Rio Grande do Norte e a Fundação Banco do Brasil vão formalizar uma parceria para desenvolver atividades econômicas em diferentes regiões do estado. O convênio será assinado nesta quinta-feira (22) e vai beneficiar produtores de ostras de Canguaretama, onde será substituído o sistema extrativista para o cultivo do molusco, e a criação de aves caipiras em 11 municípios das regiões Agreste e Trairi, essa última considerada o principal polo avícola do RN. A solenidade de assinatura dos termos de cooperação técnica está marcada para às 8h, na sede do Sebrae, em Natal.
O primeiro convênio contempla o Projeto de Desenvolvimento da Ostreicultura na cidade de Canguaretama, que fica a 78 quilômetros de Natal. O município é um dos principais polos produtores de ostras nativas do estado, mas a atividade estrativista está dizimando os bancos naturais do molusco. O projeto vai dar consultoria técnica a 30 produtores da região, que receberão cada um um kit com estrutura criação de ostras e 20 mil sementes. A ideia é que esses ostreicultures passem a cultivar a ostra no estuário do rio Curimataú em vez de extraí-la dos manguezais.
O Sebrae já carrega uma experiência exitosa quando se trata de ostreicultura. A instituição implantou o projeto Ostras da Pipa com produtores da região de Tibau do Sul, que passaram a criar o molusco de forma agroecológica na Lagoa de Guaraíras. Através do projeto, sementes de ostras nativas foram multiplicadas em laboratório e passaram a abastecer também outros estados do Nordeste.
O outro termo de cooperação vai focar na criação de aves caipiras para corte e obtenção de ovos. O projeto envolve as cidades de Santa Cruz, São Bento, Serra Caiada, Senador Eloi de Souza, Lagoa de Velhos, Bom Jesus, Passa e Fica, Nova Cruz, Santo Antônio do Salto da Onça e Goianinha. A intenção é expandir a criação desse tipo de ave, que já está em desenvolvimento em municípios da região do Trairi, que é o principal polo avícola do RN. Somente em Santa Cruz há cerca de 70 estabelecimentos da avicultura industrial integrada, cada um com pelo menos 15 mil aves alojadas.
A proposta é dar incentivos para que outros produtores ingressem na atividade, utilizando a galinha caipira, cuja rentabilidade é 100% maior que a avicultura tradicional. Enquanto um frango de granja é comercializado em torno de R$ 11 o caipira é vendido por R$ 20. Com o ovo, ocorre o mesmo. O caipira é comercializado por R$ 0,60 e o convencional pela metade desse valor. A iniciativa deverá custear 90% dos custos com infraestrutura do aviário, equipamentos e animais, ficando 10% como contrapartida para o avicultor.
*Com informações da Agência Sebrae de Notícias