Daniel Katz, presidente do Conselho do Instituto de Formação de Líderes (IFL-BH) e vice-presidente CMI/SECOVI-MG
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O combate à covid-19 e seus efeitos na economia brasileira

 

A paralisação do mundo nas últimas semanas, em especial a do Brasil, devido à pandemia do covid-19, doença respiratória causada pelo novo coronavírus, tem a possibilidade de trazer uma recessão sem precedentes na história da humanidade. Não há duvidas da periculosidade do vírus, que, até o momento, já matou mais de 15 mil pessoas e infectou mais de 358 mil habitantes de todas as partes do globo, segundo o site informativo Worldometer. Porém, o numero de infectados que ainda não foram diagnosticados é muito superior aos divulgados.

O número de pessoas que morrem por algum tipo de consequência de gripes é superior a 300 mil pessoas anualmente, segundo a mesma fonte. Ainda, de acordo com o site, mais de 80% das mortes atribuídas ao covid-19, infelizmente, são de idosos.

Do ponto de vista médico, as atitudes de “lockdown” que estão acontecendo em todo o mundo, aparentemente, são acertadas. No entanto, estamos produzindo um passivo econômico que será irreversível em curto espaço de tempo.

As previsões atuais de crescimento do governo brasileiro já são entre 0,02% a -4% do PIB mundial e a elevação do desemprego na ordem de 30%. Podendo ser muito pior que o Crash de 1929, quando ocorreu o quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque e se desencadeou na mais devastadora crise econômica da história dos Estados Unidos.

Aparentemente, o medicamento “cloroquina” ataca o vírus, conforme informado pelo ministério da Saúde, o que suavizará os impactos em número de vítimas do mesmo. E, caso os especialistas encontrem a cura do coronavírus, todos os problemas tendem a ser suavizados.

Mas, caso isto não ocorra, para não termos outra morte, a da economia junto ao caos social, os governantes deveriam começar a pensar e agir rapidamente com soluções paliativas.

A primeira seria permanecer a quarentena para os idosos e grupo de risco, e estruturar uma rede de ajuda para os mesmos, uma vez que estes têm sidos os mais impactados pela pandemia; a segunda seria revogar os decretos que obrigam todos a fechar as lojas e reativar os comércios de todas as áreas, guardando sempre as prerrogativas de segurança aos grupos de riscos e observando as recomendações de não aglomeração e cuidados com a higienização dos locais e trabalhadores; a terceira é pensar e agir de forma global. Temos que ser uma só cidade, um mesmo Estado, um mesmo País, um mesmo Mundo. É preciso repensar, de forma responsável, o fechamento das fronteiras municipais, estaduais e federais.

O tempo está contra todos e a escolha não é fácil. Temos que agir agora para não sofrermos ainda mais consequências depois. Está na hora do Brasil ser protagonista mundial.

Daniel Katz, presidente do Conselho do Instituto de Formação de Líderes (IFL-BH) e vice-presidente CMI/SECOVI-MG

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