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Nasdaq deve crescer em 2021 com presença de mais empresas brasileiras

 

O webinar ‘Jornada de um IPO numa bolsa americana’ discutiu na quinta-feira (25/03) algumas das vantagens de uma listagem numa bolsa americana, showcase, além da experiência e sucesso de algumas empresas recentemente listadas na Nasdaq. O painel foi promovido pelo Brazil-Florida Business Council e teve moderação de Ivana Ferreira, diretora de Listagem e Mercado de Capitais para a América Latina da Nadaq.

Ela constatou que o mercado de capitais tem estado muito aquecido nos últimos 12 meses, mesmo sendo um período extremamente atípico. Até março foram realizados 248 IPOs (Initial Public Offering), sendo duas brasileiras. Há mais algumas prontas para listar até o meio deste ano. “Com certeza 2021 continuará sendo um ano de muitas ofertas e principalmente muitas brasileiras vão se lançar no mercado americano e listar conosco na Nasdaq”, festejou a executiva Ivana Ferreira.

Por exemplo, o IPO da Stone foi em 2018 e levantou cerca de US$ 1,5 bilhão de dólares, a Afya em 2019 levantou US$ 300 milhões e a Pátria Investimentos fez US$ 625 milhões, em janeiro de 2021. “Apesar do mercado estar muito aquecido, a decisão de abrir capital nos Estados Unidos é sempre uma tarefa importante e nem sempre é tão simples. A melhor de iniciar e perguntar quais são os principais motivos que levam sua empresa a listar nos Estados Unidos”, analisa ela.

O sócio da Holland & Knight, Steven Sandretto, deu uma visão geral do IPO e de uma listagem da Bolsa de ações do mercado de tecnologia Nasdaq. Mostrou as principais vantagens de atuar nos Estados Unidos, como por exemplo, o acesso a este grande mercado, sua alta liquidez além da capacidade de aumentar o valor de mercado e ampliar a base de investidores com muita visibilidade. Também apresentou detalhes do processo de IPO naquele ambiente de negócios.

“A tendência é que mais e mais empresas brasileiras considerem uma listagem nos Estados Unidos, principalmente empresas de determinados setores. Ao conversar com alguns dos meus clientes percebi que ainda há muitas dúvidas sobre processos e obrigações e eles não são tão complicados ou pesados. Há muitas vantagens de listar neste país”, expôs ele.

O processo de abrir capital da Afya na Nasdaq foi explicado pela Head de Relações Com Investidores, Renata Couto. Segundo ela, a estrutura da empresa é um pouco diferente do que se costuma ver no Brasil, a educação com tecnologia. No Brasil não há certos formatos como nos Estados Unidos. Assim, analisaram outras empresas e seu comportamento naquela bolsa para compará-las. “Começamos a ver que os investidores que tinham mais facilidade para entender os detalhes da Afya não eram brasileiros especificamente”, afirma ela.

“No mercado americano conseguimos ter dois tipos de ações, a dual class share, e se consegue manter os controladores mesmo fazendo evento de liquidez como IPO. Depende do estágio e maturação da empresa, o que faz toda diferença. O fato de estarmos expostas com outras empresas num outro ambiente faz com que a gente cresça e se profissionalize de forma mais rápida”, complementa.

Os motivos que levaram a Pátria Investimos a fazer também o IPO foram diversos. Um deles é o fato de ser uma empresa global com clientes e investidores espalhados pelo mundo inteiro. “Sendo assim fez sentido para nós atuarmos na Nasdaq. A gente utiliza uma administração mais forte na América Latina e seria uma ‘moeda’ mais indicada para o público que queremos do que as ações negociadas numa outra bolsa americana”, justifica André Medina, vice-presidente da Pátria Investimentos.

Encerrando o evento a presidente do Brazil-Florida Business Council, Sueli Bonaparte, destacou o papel da geração de jovens executivos brasileiros que está transformando a maneira de todos trabalharem e viverem. “Esse grupo nos dá uma esperança de um futuro brilhante para nossa sociedade. Isso não só no Brasil, mas em todo o mundo”, elogiou ela. “Vocês estão representando o País com suas empresas nos Estados Unidos, criando empregos para brasileiros e tentando recuperar a economia”, finalizou.

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