Crédito: Demis Roussos

Multinacional se associa a empreendimento eólico de R$ 2,4 milhões no RN

QUI. 25 JUN

A subsidiária brasileira da multinacional de mineração e metais Anglo American firmou um acordo com a Casa dos Ventos, empresa dedicada a esse segmento de geração elétrica. O contrato, cujo valor não foi revelado, tem vigência de 20 anos para fornecimento de energia eólica do complexo Rio do Vento, no Rio Grande do Norte.

Com a operação, a empresa adquire 195 megawatts (95 MW de energia firme) - cerca de 30% do que consome em suas operações de minério de ferro e níquel. No início do ano, fechou contratos com a Atlas, em Minas Gerais, e a AES Tietê, na Bahia, somando 140 MW médios. A demanda total de energia da mineradora no país é de 340 MW médios.

O projeto Rio do Vento, cujas obras civis começaram há dois meses, terá oito parques eólicos com potência total de 504 MW. Está localizado em quatro municípios no interior do estado, a 80 quilômetros de Natal - Caiçara do Rio do Vento, Riachuelo, Ruy Barbosa e Bento Fernandes. O vento dessa região é considerado um dos mais firmes e homogêneos, com rendimento de 60 por cento.

A Anglo negociou também a opção de se tornar sócia minoritária nas três Sociedades de Propósito Específico (SPE) que vão operar os três parques que vão gerar a energia do contrato. Com isso, a mineradora se tornará a primeira unidade do grupo Anglo American no mundo a ser autoprodutora de energia.

A vantagem é que passa a ter redução em encargos existentes nas transações de energia. A opção pode ser exercida quando o empreendimento estiver pronto e os aerogeradores entrarem em operação: fim de 2021.

A Casa dos Ventos vai investir R$ 2,4 bilhões no complexo Rio do Vento. Com o contrato da Anglo e os de outras empresas, levanta financiamentos no BNDES e BNB para o empreendimento

“O objetivo é ter uma grade de energia renovável para nossos negócios no Brasil”, disse ao Valor o presidente da Anglo American no Brasil, Wilfred Bruijn, nascido na Holanda e no país desde 1970. A meta, diz, é 100% de fontes renováveis até 2022.

Fonte: Valor Econômico

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