No início do ano, os pequenos negócios foram decisivos para frear a tendência de desemprego e impedir que o estado finalizasse o primeiro mês do ano com um saldo negativo de geração de novos postos de trabalho. As micro e pequenas empresas foram responsáveis pela geração de 3.380 novas vagas em janeiro deste ano, principalmente as microempresas, que sozinhas criaram mais de 100% de todas as novas vagas abertas: 2.734 novas contratações com carteira de trabalho assinada. As médias e grandes empresas demitiram mais no período.
As informações estão no Mapa do Emprego no Rio Grande do Norte, um informativo mensal feito pelo Sebrae-RN que analisa a evolução do mercado de trabalho formal com base nos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia. O material está disponível na íntegra para consultas ou download no Portal do Sebrae (www.rn.sebrae.com.br).
De acordo o informativo, a quantidade de novas vagas abertas no setor das microempresas em janeiro foi o melhor desde 2012, quando a geração de empregos saiu de 821 vagas para 2.734 vagas em uma década. Antes disso, os maiores picos de abertura de postos de trabalho das microempresas no primeiro mês do ano foram registrados em 2014 (1.599 novos postos) e 2020 (1.474 novos empregos). O boletim aponta também que as médias e grandes empresas do estado demitiram mais que contrataram em janeiro, finalizando com um saldo negativo de 716 vagas e 425 vagas respectivamente.
Devido ao bom desempenho dos pequenos negócios na absorção dos trabalhadores formais, o Rio Grande do Norte registrou no mês um saldo positivo de 2.247 vagas, fruto de 12.014 desligamentos, mas, em compensação, 14.261 admissões. Esse resultado foi o terceiro melhor do Nordeste, atrás apenas da Bahia e do Ceará, que tiveram saldos maiores: 15.049 e 7.872, respectivamente. No Rio Grande do Norte, havia até janeiro 434.488 trabalhadores empregados formalmente.
Entre os setores que contribuíram para a alta nas contratações do mês, o segmento de serviço foi o que mais gerou novos empregos. Ao todo, foram abertas 1.590 vagas em janeiro. A construção civil teve um aquecimento e acabou contratando mais que demitindo, finalizando o mês com 1.026 novas vagas criadas.
O comércio apareceu na terceira posição entre os segmentos geradores de empregos. Os estabelecimentos comerciais registraram um saldo de 524 vagas, enquanto a indústria gerou 63 novas vagas. A baixa foi registrada, no entanto, no campo. Em janeiro, o setor agropecuário do Rio Grande do Norte amargou a perda de 956 postos de trabalho, principalmente no setor de fruticultura. A atividade de cultivo de melão chegou a demitir no mês 522 trabalhadores.
O Mapa do Emprego no RN feito pelo Sebrae aponta para onde foram criadas as novas oportunidades para trabalhadores e mostra onde as vagas foram criadas no mês. E, em janeiro, Natal foi a encarregada de elevar o saldo de novas contratações. A capital do Rio Grande do Norte abriu 1.347 novas vagas de emprego formal, seguida de Parnamirim (646 vagas), Extemoz (273 vagas) e São Gonçalo do Amarante (266 vagas). Os municípios onde houve as maiores quedas no número de vagas foram Baía Formosa (616 vagas perdidas), Arês (353 vagas perdidas), Mossoró (141 vagas perdidas), Macaiba (138 vagas perdidas) e Apodi (136 vagas perdidas).
Agência Sebrae