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Micro e pequenas empresas puxam alta de 6,2% na busca por crédito em julho

SEX. 04 SET

A busca das empresas por crédito vem registrando números positivos desde maio. Em julho, o Indicador de Demanda das Empresas por Crédito da Serasa Experian revela crescimento de 6,2% em comparação mensal. Na análise por porte, todos os tipos mostram aumento, com destaque para as micro e pequenas empresas, que influenciaram a alta com variação mensal de 6,4%. Na sequência, estão as médias e grandes com 1,0% e 0,7% respectivamente.

De acordo com economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, o crédito é uma alternativa para as empresas manterem ou retomarem os seus negócios. “Com a recente abertura dos comércios e a retomada das vendas presenciais, impactando fortemente as demandas das empresas por crédito em maio e em junho, era esperada alguma acomodação, uma vez que

o volume de negócios dos empreendedores começou a evoluir gradualmente. Assim, a procura por linhas de crédito deve continuar em expansão nos próximos levantamentos. No entanto, é importante ressaltar que as empresas precisam ter planos de negócios seguros para o uso desses recursos, a fim de evitar o endividamento descontrolado” diz.

A análise por setor traz crescimento em todos as áreas na comparação mensal – julho x junho de 2020 –, com destaque para o segmento de Serviços, que registrou alta de 6,4% na procura por crédito. O Comércio revela aumento de 6,2% seguido pela Indústria com 5,7%. Em relação ao desempenho das regiões brasileiras as variações são próximas, com exceção do Nordeste, que atinge o percentual de 9,2%.

Análise Anual

Quando observada a análise interanual houve queda de 0,1%, a menor da série histórica do índice, iniciada em 2008. Em relação aos portes, as micro e pequenas empresas registram alta de 0,1% enquanto as médias e grandes revelaram queda de 5,8% e 2,1% respectivamente.

Na visão por segmentos, apenas o setor de Serviço cresceu, com 2,1%. O Comércio teve queda de 1,9% e a Indústria 2,9%. Ainda no ano-a-ano, as regiões marcaram altos e baixos na procura por crédito: Centro-Oeste (-0,2%), Norte (12,6%), Nordeste (2,7%), Sul (-3,1%) e Sudeste (-0,8%).

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