Melão, banana e cana de açúcar lideram ranking no RN

TER. 18 SET

Fruticultura, especialmente melão e banana, e cana-de-açúcar lideram o ranking de Valor da Produção Agrícola do Rio Grande do Norte de 2017. Somados, os três produtos respondem por aproximadamente 60% do valor total gerado no ano passado, que foi de R$ 1.410.504.000, superior em 11,47% ao valor da produção do ano de 2016 (R$ 1.265.355.000). Os números do RN representam 0,4% da produção nacional. Os dados estão na Pesquisa Agrícola Municipal, divulgados no dia 13 de setembro de 2018, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Estado continua sendo o maior produtor de melão (338.665 toneladas) do país, com destaques para os municípios de Mossoró, Tibau e Apodi. Mossoró destaca-se ainda como um dos municípios que mais produz fruticultura do país (24º). Enquanto Mossoró, Apodi e Baraúnas também se destacam na produção de melancia (6º maior produtor do país com 199.192 toneladas); os municípios de Touros e Ielmo Marinho aparecem muito bem no ranking de produtores de abacaxi.

Do valor total da produção agrícola potiguar, R$ 991.819.000 foram referentes a produtos das lavouras temporárias e R$ 418.685.000 das lavouras permanentes, segundo dados do IBGE. Os principais produtos das lavouras temporárias e permanentes com maior contribuição para o valor da produção no ano 2017 são: cana-de-açúcar (R$ 394.689.000), melão (R$ 256.710.000), banana (R$ 189.736.000), melancia (R$ 102.863.000), abacaxi (R$ 74.303.000), mamão (R$ 72.744.000), mandioca (R$ 67.299.000), batata doce (R$ 50.142.000), coco-da-baía (R$ 43.805.000), maracujá (R$ 38.257.000), manga (R$ 34.950.000) e castanha de caju (R$ 33.377.000).

O RN é o segundo maior produtor de castanha de caju (20.670 toneladas), mantendo-se o município de Serra do Mel como principal produtor. O estado foi superado em 2017 pelo Ceará (81.098 toneladas). Os dados destacam outros produtos da fruticultura: mamão – 4º maior produtor do país com 86.342 toneladas; maracujá – 5º, com 29.182 toneladas; manga – 6º, com 44.253 toneladas; coco-da-baía – 8º, com 69.076 toneladas; e banana – 9º, com 210.933 toneladas.

PAM Nacional
Em 2017, o país teve safra recorde de cereais, leguminosas e oleaginosas, chegando a 238,4 milhões de toneladas. O aumento foi de 28,2% na comparação com 2016, com crescimento da área colhida em 5,9%. Segundo o IBGE, a produtividade foi impulsionada pelas condições climáticas favoráveis, depois de um ano influenciado pelo fenômeno El Niño.

A soja responde por 48,1% da produção do grupo, seguida do milho, com 41%. Um dos destaques, segundo o gerente de agricultura do IBGE, Alfredo Guedes, é o avanço da soja sobre a Região Norte - com produção de 5 milhões de toneladas e atrás apenas do açaí. “A soja não entra direto sobre as áreas de floresta. Geralmente, essas áreas já deixaram de ser floresta há alguns anos, eram pastagens, e os produtores tiram a pastagem e colocam a soja”.

Milho
A área plantada do milho cresceu 10,4%,  o que elevou a produção em 52,3%, alcançado safra recorde de 97,7 milhões de toneladas. Porém, o crescimento não se refletiu no valor da produção, que somou R$ 32,9 bilhões, ante os R$ 37,7 bilhões de 2016. A explicação é a quebra de safra naquele ano, que elevou o valor da saca para R$ 29,15 em média. Com a volta das chuvas e da normalidade em 2017, o produtor recebeu R$ 13,89 por saca.

Arroz e feijão
A produção de arroz teve aumento de 17,4% e a de feijão 15,9%, o que resultou em queda no valor ao consumidor final, após o aumento de preço em 2016. O país produziu, em 2017, 12,5 milhões de toneladas de arroz e 3 milhões de toneladas de feijão. A redução no valor da produção de feijão foi de 56,9%, com R$ 6,9 bilhões no total. No arroz, o valor ficou em R$ 9,8 bilhões, aumento de 12,6% em relação ao ano anterior.

Somados, os 14 produtos do grupo cereais, leguminosas e oleaginosas respondem por 77,4% da área colhida no país e 54,6% do valor de produção.

Fruticultura
Os 23 produtos frutíferos pesquisados pelo IBGE somaram R$ 38,9 bilhões em 2017, um aumento de 4,6% em relação a 2016 e um novo recorde. O destaque é a laranja, com R$ 8,6 bilhões, 2% a mais do que no ano anterior. A área colhida de laranja foi de 631,7 mil hectares, sendo que 77,8% estão nos estados de São Paulo, Bahia e Minas Gerais.

Guedes explica que o açaí foi incluído na pesquisa a partir da safra de 2016 e apresenta dados surpreendentes, alcançando o posto de terceiro lugar na produção de frutas. Na pesquisa, é levado em conta o açaí plantado, excluída a produção extrativista.

“A gente já vinha monitorando, mas só incorporou ele em 2016, retroagindo os dados a 2015. A gente já vinha acompanhando o consumo do açaí pela população, que vinha aumentando bastante, e 2017 veio a confirmar que continua o crescimento do consumo e produção do açaí, que se encontra principalmente na Região Norte”.

A produção de açaí em 2017 foi de 1,3 milhão de toneladas, com valor total da produção de R$ 5,5 bilhões. Isso elevou o Pará ao posto de segundo estado produtor de frutas, com crescimento de 25,1% no valor de produção no ano, chegando a R$ 6,8 bilhões. O Pará também se destacou com o aumento de 49,9% na colheita de laranja, de 107,9% no limão e de 2.462,4% de tangerina.

São Paulo é o principal produtor de frutas, com destaque para a laranja; e o Rio Grande do Sul vem em terceiro, tendo como principal produto a uva. Em 2017, o país produziu 17,5 milhões de toneladas de laranja, 6,7 milhões de toneladas de banana, 1,9 milhão de toneladas de uva e 1,5 milhão de toneladas de abacaxi.

 

Ranking da Fruticultura no Rio Grande do Norte

MAMÃO 
4º maior produtor do país com 86.342 toneladas

MARACUJÁ
5º maior produtor do país com 29.182 toneladas

MANGA 
6º maior produtor do país com 44.253 toneladas

COCO-DA-BAÍA 
8º maior produtor do país com 69.076 toneladas 

BANANA 
9º maior produtor do país com 210.933 toneladas

 

Ranking dos principais produtos do RN com maior contribuição para o valor da produção em 2017

CANA-DE-AÇUCAR 
(R$ 394.689.000)

MELÃO 
(R$ 256.710.000)

BANANA 
(R$ 189.736.000)

MELANCIA 
(R$ 102.863.000)

ABACAXI 
(R$ 74.303.000)

MAMÃO 
(R$ 72.744.000)

MANDIOCA 
(R$ 67.299.000)

BATATA DOCE 
(R$ 50.142.000)

COCO-DA-BAÍA 
(R$ 43.805.000)

MARACUJÁ 
(R$ 38.257.000)

MANGA 
(R$ 34.950.000)

CASTANHA DE CAJU 
(R$ 33.377.000)

 

Fonte: IBGE

 

  Revista Negócios
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