Durante toda a nossa vida – e antes mesmo dela – somos medidos, mensurados e avaliados constantemente. Desde o momento da gravidez até a nossa vida adulta, o processo de avaliação é uma prática comum na vida do ser humano. Metaforicamente, empresas também são avaliadas e qualificadas constantemente pelos integrantes do ecossistema – entende-se consumidor, comunidade, fornecedores e até concorrentes - onde elas estão inseridas. Dados diversos são levantados em meio organizacional, alguns mais preponderantes do que outros, com o objetivo de se compreender comportamentos de mercado e performance corporativa, afinal de contas, quem não gostaria de mudar o seu negócio para melhor?
Convivemos diariamente com empresários que capitaneiam organizações dos mais diversos portes e segmentos. Entre muitas queixas que ouvimos, uma é profundamente recorrente: não conseguir analisar indicadores com clareza para tracionar mudanças com efetividade. Costumamos dizer que o processo de captura, análise e interpretação de indicadores é uma arte que precisa ser aperfeiçoada dia após dia. Não existe processo perfeito de mensuração de dados, nem sequer uma ferramenta que nos forneça total segurança. A gestão de indicadores de desempenho – aqueles números que te fornecem um guia lógico para a mudança – precisa ser aprimorada visando o máximo de confiabilidade e o mínimo de burocracia, de forma que o empresário consiga tomar decisões céleres e assertivas em meio a um contexto organizacional tão competitivo e dinâmico.
Se pudéssemos elencar três dicas concisas sobre a mensuração de indicadores com fins de melhoria de resultados organizacionais, listaríamos: primeiramente, compreenda a origem da base de dados, se sua alimentação está correta e se a parametrização dos cálculos está respeitando o processo combinado. Muitas das empresas por onde passamos possuem dados sim, porém números inseguros por má alimentação na base. Nenhuma análise de dados pode ser segura se a fonte alimentadora de indicadores não funciona como deveria. Pior do que não ter dados, é possuir métricas que não te dão segurança para ir além. A segunda dica – tão valiosa quanto a primeira – refere-se à escolha de um bom leque de indicadores, que de fato consiga fornecer ao gestor informações cruciais para a tomada de decisão. Qualquer sugestão de quantidade de indicadores de performance seria leviana, uma vez que cada negócio possui sua peculiaridade. A regra de ouro fundamenta-se na escolha de indicadores que te forneçam um caminho a seguir (ou a ser desviado) com segurança. A terceira e última regra pode ser sintetizada e uma pequena palavra: AÇÃO! Mensure para mudar. Crie planos de ação. Modifique cenários. Mova-se! Mensuração de indicador sem execução de ação de melhoria é tempo perdido.
2021 está logo ali. É tempo de planejamento, de mudança. Mover-se sem prever e analisar cenários é arriscado. Levante dados de sua empresa, analise-os. Compreenda onde existem oportunidades de melhoria. Avance. Recue, se preciso. Meça. Mude. Meça de novo, mude de novo. Nunca pare. Parafraseando a Aristóteles, a excelência (da mensuração de indicadores) é portanto um hábito, não um ato isolado.