Crédito: Divulgação | FIERN

MAIS RN Digital e Observatório da Indústria conectam oportunidades, vocações e informações do RN

 

Colocar o empresário como protagonista do processo de desenvolvimento do Rio Grande do Norte, atuando junto com entes públicos e academia. Este é o objetivo do Mais RN Digital e Observatório da Indústria, lançado nesta quarta-feira (14), pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte. Nesta nova fase, o programa busca dar apoio às empresas aqui instaladas, identificar novas oportunidades nas cadeias produtivas existentes, fortalecendo e evitando a saída de empreendimentos do Rio Grande do Norte, além de realizar vocações econômicas do Estado.

A nova plataforma se apresenta como um “HUB de informações”, dados e pesquisa sobre a economia e a indústria do Rio Grande do Norte ao reunir, no mesmo ambiente virtual, o MAIS RN Digital, o Observatório da Indústria, Painéis Temáticos, como o de Petróleo e Gás e o Economia e Mercado; as edições do MAIS RN 2015-2035 e o MAIS RN 2018-2022 Agenda Urgente, sistematizados em painéis de fácil operacionalização, além do BI de monitoramento da Covid-19. E lança as bases para o “MAIS RN EM AÇÃO” – um conjunto de salas de situação sobre Pesca, Petróleo e Gás, Energias renováveis, Mineração, Inovação e demais cadeias produtivas.

Para isso, a plataforma atua com planejamento contínuo, com ações de inteligência, levantamento de dados, diagnósticos e prognósticos de fácil acesso e rápida interpretação, sendo fonte de informação para análises setoriais da FIERN, publicações e cadernos temáticos. E, com base em dados estatísticos e informações, busca reunir os atores específicos para traçar ações conjuntas no intuito de atrair novos investimentos, sanar gargalos estratégicos e atuar na realidade econômica do RN.

O presidente do Sistema FIERN, Amaro Sales de Araújo, destaca que o projeto tem, nesta nova etapa, o objetivo de colocar o empresário no centro das discussões para as tomadas de decisões referentes ao crescimento econômico do estado. “Esse novo MAIS RN está preocupado com o setor empresarial do Estado, os heróis da resistência, que tem o compromisso com o RN. É o empresário quem dá a sustentação, gera receita, paga imposto, gera emprego, movimenta riqueza, agrega valor, realiza os potenciais, empreende, gera oportunidade e faz desenvolver o Estado”, frisa.

O lançamento da plataforma MAIS RN Digital, ressalta Amaro Sales, traz uma agenda positiva para o Rio Grande do Norte, com a facilidade de reunir informações com acesso rápido e interatividade. “O MAIS RN é um projeto para o Rio Grande do Norte, não é mais um projeto da FIERN, que é o coordenador, mas é um projeto de desenvolvimento planejado para toda sociedade, com a possibilidade da comunicação dos atores, empresários, estado e municípios”, disse o presidente da FIERN.

O Mais RN Digital propõe um planejamento pós-pandemia, que elege agendas urgentes nos setores de Petróleo e Gás, Têxtil e Confecções, Fruticultura, Logística, Turismo, Mineração, Inovação, Pesca e Energias Renováveis.

O Observatório da Indústria permitirá o acompanhamento e diagnóstico do setor e da economia do RN, a partir do acesso a dados como Empregos na indústria, Renda per capita, Valor adicionado bruto, Taxa de desocupação, Admissão e demissões na indústria, IDH e Índice de Gini, Educação, Saúde, Segurança, Administração Pública ICMS e Receitas e despesas públicas. O Observatório será alimentado a partir de fontes oficiais, como IBGE, RAIS, Caged, INEP, Portal da Transparência, entre outras.

O vice-governador Antenor Roberto destaca a visão desenvolvimentista da atual gestão da FIERN e o papel de vanguarda em pensar soluções para a retomada da economia e desenvolvimento, no curto e longo prazos. “Fundamental o papel da FIERN, um papel de vanguarda em buscar, a partir de diagnósticos e estudos técnicos, em um processo de permanente diálogo, desde o enfrentamento da pandemia, quando apresentou soluções e uma plataforma digital, que pautaram, com o documento proposto e sempre acreditando nas recomendações do Comitê Científico, uma retomada da economia de forma segura”, disse. “É importante para o Estado, como indutor do desenvolvimento, ter essa articulação com o setor produtivo”, acrescenta o vice-governador.

O coordenador do MAIS RN José Bezerra Marinho explica que a missão do MAIS RN Digital é criar um ambiente de negócios favorável e atrativo no estado, além de estudar as cadeias produtivas e mapear as oportunidades, tendo o empresário no centro do debate. “As empresas que não cooperam entre si, não são capazes de aprender umas com as outras. Se as indústrias nos países em desenvolvimento esperam algum dia se tornarem competitivas, em termos globais, elas precisam criar um novo tipo de ambiente. É preciso assumir a responsabilidade de aprender a cooperar melhor para um desempenho coletivo”, disse.

metodologia usada na versão digital, segundo o assessor técnico de Economia e Pesquisa da FIERN, Pedro Albuquerque, surgiu com a experiência vivida com a pandemia da Covid-19, que levou a FIERN a lançar o MAIS RN 4.0 Covid -19, em março, no início do enfrentamento do novo coronavírus. Com uma apresentação dinâmica, todos os dados sobre a evolução da pandemia no Estado foram atualizados no Painel de Observação da Covid-19 no RN e mais um canal direto com a indústria foi estabelecido com a Sala de Situação, que proporcionou o debate sobre ações estratégias para enfrentamento da crise e deu origem ao Plano de Retomada Gradual da Economia do RN, elaborado pela FIERN em parceria com outras federações, e adotado pelo governo do estado.

“Foi feito o levantamento de dados e construção de dashboards, de uma Sala de Situação, atuando no mapeamento dos atores e em conversas e articulações guiadas e na coordenação, com foco na entrega e na alteração da realidade”, explica o assessor. “O MAIS RN é capaz de articular os técnicos, mapear as soluções e construir as pontes para viabilizá-las”, destaca.

A videoconferência de lançamento foi acompanhada por mais de 100 pessoas. Além do vice-governador Antenor Roberto, teve a participação de secretários de estado, representantes de outras federações Fecomércio, Faern, Fetronor e Sebrae, de instituições financeiras, como Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Banco do Nordeste, de universidades, além de diretores e gestores da FIERN, presidentes de Sindicados filiados, gestores e empresários.

Trajetória do MAIS RN

Durante a abertura, o presidente do Sistema FIERN, Amaro Sales de Araújo, lembrou a criação e trajetória do MAIS RN, ao longo de seis anos, desde o lançamento da primeira edição do estudo e prestou homenagem ao consultor Marcos Formiga, um dos idealizadores do MAIS RN, falecido no ano passado. Idealizado e coordenado pela FIERN e contando com a participação de inúmeros parceiros, o MAIS RN é o mais abrangente estudo já realizado sobre os caminhos do desenvolvimento socioeconômico do Rio Grande do Norte. Partindo de um criterioso diagnóstico, o estudo apontou em sua primeira versão cenários desejados e ameaças futuras, pontos críticos de atenção, atuais e potenciais. O documento, elaborado em 2014, trazia 147 ações, sendo 37 prioritárias nas áreas de ambiente de negócios competitivo, infraestrutura e logística, serviços públicos e eficientes e capital humano.

Após atualização em 2018, a edição ganhou a agenda potiguar 2019-2022, com 40 ações prioritárias com ênfase no equilíbrio fiscal, educação, saúde e segurança, que foi entregue, naquele ano, a candidatos ao Governo, Senado e Presidência da República em fóruns promovidos pela FIERN. No ano passado, o Mais RN promoveu a integração de municípios com o Fórum “O Mais RN e o Desenvolvimento Municipal”.

Este ano, em março, em meio a pandemia da Covid-19, o MAIS RN ganhou uma versão digital e a nova missão de monitorar a evolução dos casos no estado e auxiliar o diálogo com a indústria e a articulação com governo e comunidade científica para buscar saídas para a crise. E, em parceria com outras federações, elaborou o Plano de Retomada Gradual da Economia do RN, que foi adotado pelo governo do estado. Agora, inova, mais uma vez, com o MAIS RN Digital e o Observatório da Indústria.

Por Sara Vasconcelos, Unicom/FIERN

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