Crédito: Marcello Casal Jr | Agência Brasil

Maioria dos pequenos negócios do RN usa Pix para realizar vendas

TER. 11 JAN

Nove em cada dez empresas de pequeno porte instaladas no Rio Grande do Norte utilizam como modalidade de pagamento nas operações de vendas o Pix, o sistema de pagamento eletrônico instantâneo adotado no país pelo Banco Central desde outubro de 2020. A modalidade já conta com 115,2 milhões de adeptos no Brasil e, segundo pesquisa realizada pelo Sebrae e a Fundação Getúlio Vargas (FGV), 91% das micro e pequenas empresas potiguares fazem uso desse meio para receber pagamentos dos clientes na hora da venda.

O levantamento foi realizado entre o fim de novembro e a primeira semana de dezembro do ano passado, chegando a entrevistar 17,4 milhões donos de pequenos negócios, sendo 6.883 somente no Rio Grande do Norte. Pelos dados do estudo, em todo o país, 86% dos pequenos negócios já utilizam essa modalidade de pagamento, quantitativo que é nove pontos percentuais superior ao detectado na edição anterior da pesquisa realizada em agosto, quando 77% dos entrevistados afirmaram ter aderido ao Pix.

A utilização dessa forma de pagamento é maior entre os Microempreendedores Individuais (MEI), justamente pela facilidade que o Pix oferece e também pela agilidade na entrada do dinheiro a um baixo custo em relação ao cartão de crédito ou maquinetas, nas quais as vendas, mesmo quando feitas via débito, o recurso tem um prazo de dias para entrar na conta do empreendedor e a antecipação do recebível acarreta taxas. Com o Pix, o crédito em conta é imediato. Desde que foi criado, já foram realizadas mais de 1,2 bilhão de transações no Brasil que movimentaram R$ 623 bilhões.

Facilidade da operação

Na visão do gerente da Agência Sebrae Grande Natal, Thales Medeiros, o PIX ganhou rápida popularidade como alternativa para compras à vista devido à facilidade da operação. Além disso, reduz os custos com taxas e uso de maquineta, garantindo a disponibilidade do valor da venda imediatamente para o caixa do lojista ou vendedor.

"Essa tecnologia deve ganhar ainda mais expressão ao longo de 2022, especialmente pelas novas possibilidades do Pix Saque e Pix Troco. Uma orientação que fazemos é que os empreendedores devem se manter atentos em investir em estratégias que garantam alguma distinção entre a conta de despesas pessoais e a conta do negócio. Essa 'mistura' tem sido, historicamente, um dos maiores gargalos na gestão financeira dos pequenos negócios por ofuscar a percepção de lucro e despesa do empreendedor e do negócio, que são distintos", orienta Thales.

O levantamento do Sebrae e FGV também revela que o uso de plataformas digitais, como sites, aplicativos de mensagens e redes sociais, já atinge 80% dos negócios de pequeno porte do Rio Grande do Norte como canais de vendas. E, de longe, o WhatsApp é mais utilizado pelos empreendedores potiguares. O aplicativo de mensagem serve como ferramenta de vendas para 86% dos donos de pequenos negócios do Rio Grande do Norte que fazem uso de meios digitais, seguido do Instagram (60%) e do Facebook (26%).

Segundo a pesquisa, somente 7% mantém uma loja virtual para divulgar e vender produtos ou serviços. Entre os que responderam a pesquisa, a maior parte atua nas áreas de comércio (44%) e serviços (50%).

Agência Sebrae

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