Livro desafia empresas a migrar do analógio para o digital

SEG. 26 NOV

Reinventar-se na Era Digital tem sido um dos maiores desafios das empresas que nasceram no mundo analógico, ou seja, que surgiram até meados da década de 1990. Estudioso do meio digital, o consultor e empresário do ramo de tecnologia Luiz Augusto Espínola Guimarães apresenta, através do seu primeiro livro (‘Inove ou Morra!’, editora Literate Books), as ferramentas e técnicas necessárias para que uma empresa analógica possa migrar, sem sobressaltos, para o mundo protagonizado pela internet. Na última quinta-feira (22), empreendedores, amigos e familiares do palestrante do Fórum Negócios compareceram à Galeria Fernando Chiriboga, no Midway Mall, para o lançamento da obra. 

"Foi uma noite especial. Agradeço a todas as pessoas que compareceram. Muita gente, inclusive, eu nem conhecia e veio por indicação de amigos que foram ao Fórum Negócios e que recomendaram o livro, depois que assistiram a minha palestra", comentou o autor do livro, depois de uma sessão intensa de autógrafos. A obra conta detalhes da 'Reengenharia Digital: uma estratégia rápida e segura de inovação para empresas', tema da palestra do autor no Fórum Negócios, realizado nos dias 9 e 10 de novembro, na Arena das Dunas.  

Presidente do Grupo Nordestão Supermercados, Leôncio Medeiros levou algumas edições e dizia estar honrado por ter sido convidado pelo autor para revisar a obra. "Para mim foi uma honra receber o convite do Luiz para ler o livro antes da impressão. Ele é muito competente e a ideia que transmite no livro vai ajudar muitos empreendedores. A tecnologia é muito dinâmica, muda muito rápido e precisamos estar sempre prontos para entender o movimento do mercado, como a automação de caixas, por exemplo", analisa Leôncio.

Para Francisco da Silveira, CEO da Drogaria Aliança, o livro vai ajudá-lo a compreender os passos que precisam ser dados para "facilitar a vida do cliente", como costuma dizer. "Hoje, a gente ainda atende clientes mais por telefone do pelo whatsapp business, que começamos a usar há pouco tempo. As vantagens em usar o whatsapp são enormes", revela. E, segundo ele, não é só os jovens que usam o aplicativo. As pessoas mais velhas, que nasceram ainda numa época analógica, já começaram a usar o app com mais intensidade. "O importante é facilitar a vida do cliente, usando a tecnologia. Espero que o livro possa ajudar a ter novas ideias para facilitar ainda mais a vida do nosso cliente".   

Inovação
A obra mostra como a empresa pode inovar, mostrando os ciclos, explosões e ondas, que levaram à Era Digital, desde a sua concepção, na década de 1970, desmistifica um pouco as tecnologias que estão revolucionando o mercado e mostra como deve ser feita a inovação. "A chave do negócio é mudar a sua proposta de valor, que nada mais é do que colocar uma camada em cima do teu negócio, de conveniência. Se você analisar direitinho, toda tecnologia traz conveniência, que se baseia em economia de tempo, economia de esforço e controle. Uma empresa tradicional precisa colocar uma camada de conveniência em cima do seu negócio. E eu explico isso, no livro", explica Luiz.

Ele diz ter sofrido na pele as incógnitas da mudança do analógico para o digital, que obriga o empreendedor a inovar, que é a grande sacada do livro, segundo ele próprio. "Eu passei por essa história há três anos, quando verifiquei que uma das minhas empresas estava morrendo e eu teria que salvar. A resposta que o mercado me dava é que eu tinha que inovar, fazer inovação disruptiva. Mas, não dizia exatamente o que eu tinha que fazer. Então, passei por esse processo, perdi tempo, dinheiro, quase perdia pessoas, também... Foi quando descobri que o processo de inovação que estava implantando não era adequado", revela.

"Precisei descobrir exatamente as respostas para estas questões, envolvendo inovação. Empresas tradicionais sofrem muito. Eu que sou da área de tecnologia sofri. Encontrar o quê e como fazer foi o que me levou ao livro", confessa Luiz, alertando que não precisa virar startup para se tornar uma empresa inovadora. "Cerca de 99% das empresas ainda são tradicionais e não têm DNA, cultura e gente para se transformar numa startup. É o que mostro no livro: como se reinventar na Era Digital, sem necessariamente se transformar numa startup". 

Reengenharia Digital
A reengenharia digital é a saída para inovar com segurança e continuar entregando conveniência às pessoas. "Entender esse novo ambiente, do que se trata e o que é esse novo consumidor é questão de vida ou morte empresarial", atesta Luiz. "O livro aborda a Reengenharia Digital, uma poderosa, rápida e acessível estratégia de inovação que permite que qualquer tipo de negócio seja modernizado rapidamente", explica.  

Ainda segundo Luiz, 55% da população mundial tem internet atualmente. "Um negócio que surgiu nas décadas de 1970 e 1980 ainda está se expandindo", diz ele. "Tudo o que nós estamos acompanhando, agora, de revolução tecnológica, é apenas a pontinha do iceberg. A gente está entrando numa terceira fase, que é de maturação, explosão. Os próximos dez anos serão de uma mudança gritante", profetiza o reengenheiro digital. 

"Você está inseguro sobre o futuro do seu negócio, ou mesmo se ele existirá daqui a alguns anos?". Esta é a pergunta provocativa que Luiz faz em seu livro. Para ele, a empresa que não entender a revolução digital vai ficar obsoleta e fechar as portas, como aconteceu com marcas fortes do final do século passado: Kodak, MySpace, Atari ou Xerox, para citar apenas essas. 

 

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