O mercado livreiro no Brasil passa por uma de suas piores crises, com a falência da livraria Laselva, e os pedidos de recuperação judicial de duas das maiores redes de livrarias do país, a Saraiva e a Livraria Cultura. Apesar do momento delicado existem, iniciativas de crescimento e investimento como as da Disal Editora e Distribuidora, livraria Leitura e Livrarias Curitiba.
Há mais de 50 anos de mercado, a Disal, registrou um crescimento de 40% na área digital no primeiro semestre de 2018, em relação ao mesmo período de 2017. A empresa anunciou a criação do chatbot CLARA e aposta no omnichannel. O resultado, na comparação com o primeiro trimestre de 2017, foi um aumento de 18,2% na quantidade de livros vendidos em todos os canais da editora e distribuidora.
A estratégia da livraria Leitura, atualmente com cerca de 70 lojas, tem sido em espaços mais enxutos e localizados em cidades do interior, casos das lojas localizadas nas cidades de Mogi das Cruzes (SP) e Sete Lagoas (MG). Esse número poderá se expandir caso a Saraiva aceite a proposta de vender cinco de suas unidades fechadas para a rede.
Seguindo a mesma aposta da Leitura, a Livrarias Curitiba, que completou 55 anos em 2018, abriu lojas em regiões mais periféricas na capital paulista, no Shopping Aricanduva (Zona Leste) e Shopping Tucuruvi (Zona Norte), e já conta com lojas em cidades da grande São Paulo, como Diadema e Taboão da Serra.
Ainda não há como saber se a Livraria Cultura e Saraiva conseguirão sair do momento difícil que vivem, contudo, os exemplos acima mostram que, apesar das dificuldades, o mercado editorial brasileiro segue vivo.