Investimentos das empresas sobe em 0,1%, segundo o IPEA

 

O indicador de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), divulgado nesta segunda-feira (18/12) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), subiu 0,1% em outubro na comparação com setembro (com ajuste sazonal) e 5,6% em relação a outubro do ano passado.

O FBCF mede quanto as empresas aumentaram seus bens de capital, ou seja, aqueles que servem para produzir outros bens. De acordo com o Ipea, o dado indica se a capacidade de produção do país está crescendo e também se os empresários estão confiantes no futuro.

Em outubro, o componente construção civil do FBCF subiu 0,2%, mas o consumo de máquinas e equipamentos caiu 2,4%, afetado pela queda forte de importações (-15,6%).

De acordo com o técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea, Leonardo Mello de Carvalho, a melhora no mercado de trabalho e no poder de compra das famílias em relação à inflação, além do barateamento do crédito, contribuem para a economia conseguir entrar em um novo ciclo de expansão e se refletem nos indicadores de investimentos.

Segundo Carvalho, quando o país volta a produzir, mesmo que seja em um ritmo modesto, é obrigado a elevar o seu custo de manutenção, o que também aumenta os investimentos. Embora ainda haja ociosidade grande na capacidade da indústria, já se tem notado uma demanda por investimento para aumentar produtividade.

Indústria
Para a produção industrial de novembro, o Ipea prevê crescimento de 0,3% em relação a outubro e de 4% na comparação interanual. No acumulado até novembro, as projeções são positivas, apontando para alta de 2,1%. “A gente considera que o cenário ainda é de recuperação gradual”, ponderou Carvalho.

Comércio
Já o indicador Ipea de Vendas do Comércio, que funciona como uma prévia da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), projeta aumento de 0,3% das vendas do varejo no conceito restrito, ou seja, sem automóveis e materiais de construção, em novembro ante outubro. No conceito ampliado, que inclui esses dois segmentos, a previsão na mesma comparação é queda de 0,6%. O comportamento do setor automotivo, com acomodação em termo de licenciamentos e emplacamentos, afetou de maneira negativa o resultado, segundo o economista do Ipea.

Na comparação de novembro de 2017 com o mesmo mês do ano passado, os dados do comércio são positivos, segundo o Ipea. As vendas no varejo restrito cresceram 3,5%, e as do varejo ampliado, 4,4%.


*Com informações da Agência Brasil de Notícias

  Revista Negócios
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