Crédito: Divulgação

Internet das Coisas pode ser fundamental para controle no mundo pós pandemia

 

Ainda é cedo demais para avaliar o tamanho do impacto do COVID-19 na economia global. Especialistas indicam que não haverá uma recuperação rápida e que o crescimento global previsto para este ano de 1,5% parece ser otimista demais. Isso porque o choque econômico provocado pela pandemia já é maior que a crise financeira de 2008.

Para enfrentar esta crise recorremos à tecnologia, não só no seu emprego nas áreas médica e farmacêutica, mas também para manter as atividades trabalhistas em home office, para o emprego dos mais diversos tipos de delivery e para manter as relações sociais ativas, ainda que a uma distância segura através dos aplicativos de videoconferência.

Mais do que nunca os avanços digitais se mostraram importantes para a nossa sociedade e há aqueles que souberam tirar o melhor proveito disso, da maneira mais honesta diante uma crise. A tecnologia terá um grande papel nas mudanças que estão por vir e a internet das coisas (IoT) deve ser fundamental para esse futuro que bate a nossa porta.

Antes dos primeiros impactos da COVID-19 na economia global, um relatório do McKinsey Global Institute indicava que a IoT teria um impacto potencial de US$ 3,9 trilhões a US$ 11,1 trilhões por ano até 2025. Os países desenvolvidos serão os maiores beneficiados desse montante, devido ao maior amadurecimento do ecossistema, no entanto, as relações comerciais contribuirão para que as economias em desenvolvimento possam se beneficiar de maneira agregada, por apresentarem os maiores potenciais de ganhos de eficiência e enfrentarem grandes problemas que podem ser resolvidos com a aplicação das novas tecnologias. Portanto, o nível de adoção da IoT determinará o retorno financeiro para cada economia.

Na América Latina, a adoção do ecossistema cresce ainda de maneira tímida, mas consistente. Um estudo sobre a maturidade do mercado em relação às soluções de internet das coisas feito pela Logicalis, em 2019, mostra que o nível de adoção na região é de 35%, um crescimento 3 pontos percentuais em relação a 2018.  Além disso, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estimou que até 2025 aplicativos e soluções de IoT movimentarão US$ 132 bilhões na economia brasileira.

Com os impactos do coronavírus ainda indefinidos é prematuro afirmar a capacidade de transformação da IoT na economia e na vida social. Ainda assim, é possível afirmar que a transformação digital foi fortemente impulsionada pela pandemia e continuará tendo grande importância na evolução da nossa sociedade nos próximos anos.

Dentre algumas soluções de IoT e automação para o combate à COVID-19 disponíveis no Brasil, e que também podem ter grande utilidade nos momentos pós pandemia, estão um canal/túnel de desinfecção, câmera com imagem infravermelho para detecção de alta temperatura individual, câmera multi-imagem para detecção de altas temperaturas em grupos de pessoas e displays com solução de higienização de mãos.

Sobre Flávio Maeda

Flávio Maeda é fundador e atual vice-presidente da ABINC - Associação Brasileira de Internet das Coisas., além de responsável pelo Comitê de Manufatura e representante da Associação no GT de Capital Humano da Câmara da Indústria 4.0 do Governo Federal. É também sócio da Konitech, uma empresa provedora e integradora de soluções de Digitalização da Manufatura e Indústria 4.0.

Sobre a ABINC

A ABINC, Associação Brasileira de Internet das Coisas (http://www.abinc.org.br), foi fundada em dezembro de 2015 como uma organização sem fins lucrativos, por executivos e empreendedores do mercado de TI e Telecom. A ideia nasceu da necessidade de se criar uma entidade que fosse legítima e representativa, de âmbito nacional, e que permitisse a atuação em todas as frentes do setor de Internet das Coisas. A ABINC tem como objetivo incentivar a troca de informações e fomentar a atividade comercial entre associados; promover atividade de pesquisa e desenvolvimento; atuar junto às autoridades governamentais envolvidas no âmbito da Internet das Coisas e representar e fazer as parcerias internacionais com entidades do setor.

Por Flavio Maeda, Vice-presidente da Associação Brasileira de Internet das Coisas (ABINC)

  Revista Negócios
 Veja Também