A pandemia da Covid-19 degringolou o cenário econômico e vem desafiando os empreendedores a se reinventarem para que tenham fôlego o suficiente para superar a crise. A adoção do trabalho remoto, negociação de contratos com fornecedores (se necessário), reavaliação dos custos operacionais e a implantação de novas ferramentas tecnológicas têm feito parte da rotina de grande parte das empresas.
O varejo está sofrendo um grande impacto, pois, com o fechamento temporário dos serviços não essenciais os lojistas perderam um importante canal de venda: o ponto físico. Apesar de preocupante, esse é o momento de enxergar novas possibilidades e investir em funcionalidades que permitirão manter o negócio em desenvolvimento.
Levar sua operação para o digital é uma estratégia eficiente, isso porque nas últimas semanas houve um aumento no tráfego dos e-commerces, ainda que algumas categorias sofreram quedas significativas como a de vestuário, por outro lado supermercados e farmácias estão sobrecarregados. Uma recente pesquisa da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) junto com a Compre&Confie, empresa de inteligência de mercado voltada ao e-commerce, mostrou que houve um aumento de 80% em compras de supermercados feitas pela internet.
Além disso, há ainda mais novos consumidores online, ou seja, aqueles que antes não eram familiarizados com as compras digitais, passaram a conhecer essa possibilidade. Isso mostra o quanto o digital permite aos empreendedores atenderem a nível nacional e sem barreiras! E ao integrar os canais de vendas tradicionais, como a loja física – por exemplo -, com o virtual, é possível explorar ao máximo a interação com o consumidor.
Seja pelas redes sociais ou implantação de uma plataforma virtual, é importante analisar qual é o formato mais adequado para o seu modelo de negócio e ao validar a escolha, invista nesse canal, pois, também é uma valiosa ferramenta para compreender o comportamento e as preferências do seu cliente. E a partir dessas informações, é possível desenvolver campanhas específicas para cada perfil de consumo ou clubes de vantagens.
A integração é inevitável, visto que, a partir do momento que o cliente está no digital uma empresa não pode mais ser somente analógica. Essa é a hora para os varejistas que ainda não possuem uma operação virtual, estudarem o mercado e buscarem a melhor solução que os atendam, pois, quando a crise passar – e ela vai passar -, estaremos diante de um novo cenário de consumo.
Por Lucas Fernandes, CEO da NewLentes, e-commerce de produtos do segmento óptico