Insegurança jurídica emperra investimento das indústrias europeias no Brasil

TER. 26 JUN

Regulamentação, insegurança jurídica e sistema ferroviário de transporte foram alguns dos pontos debatidos em painéis do Encontro Econômico Brasil Alemanha (EEBA), que está sendo realizado em Colônia, na Alemanha. De acordo com Roberto Serquiz, presidente do Sindirecicla e diretor da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte, estes são pontos que têm pesado na decisão dos empresários alemães quando pensam em investir no Brasil. "Há algumas indústrias européias com interesse e olhando para o Brasil, mas preocupadas com esse cenário (insegurança jurídica e sistema ferroviário)", confirmou o dirigente, integrante da comitiva da FIERN que está no evento. 

Ainda segundo Serquiz, três importantes pilares foram discutidos durante o evento: inovação, implantação de energia renoivável e digitalização dos processos industriais. "Isso já é o primeiro passo para podermos dar início à Indústria 4.0", comentou Serquiz. "Estamos levando várias discussões para o Brasil como agentes multiplicadores. E no evento que será realizado no próximo ano em nosso Estado trará portunidades para que todos possam compartilhar dessas vantagens e conhecimentos deste encontro".

Aprendizado
Para o diretor de Inovação da FIERN e presidente do Sicramirn, Djalma Barbosa Júnior, estes encontros são importantes para compartilhar conhecimentos e aprender com os alemães."No EEBA Colônia estamos tendo a oportunidade de partilhar nossos conhecimentos na área industrial, como também entender o que os alamães estão desenvolvendo, principalmente, nas questões tecnológicas, de recursos naturais, e tentar compartilhar com eles a nossa realidade. É através de momentos como estes que conseguimos aprender com os alemães e levar esse aprendizado para aplicar nas nossas indústrias".  

Djalma fez questão de enfatizar a importância da transferência tecnológica com a Alemanha. "Um evento deste porte serve para nos deixar preparados para receber os alemães em nosso Estado e fazer negócios, que eu acho que é o objetivo maior. A transferência tecnológica, neste caso, é fundamental para que possamos avançar e fazer com que as indústrias do Rio Grande do Norte tenham mais competitividade e consiga fazer um trabalho estratégico", avaliou o presidente do Sicramirn.
 

  Revista Negócios
 Veja Também