Inframérica é apontada como “adversária” do turismo potiguar

TER. 16 JAN

Por Jean Valério* 

A Inframérica e a sua gestão do Aeroporto Internacional Aluísio Alves, em São Gonçalo do Amarante, são vistas como adversárias do turismo do Rio Grande do Norte. Esta percepção é consenso entre os principais empresários do “trade turístico” e entidades representativas do setor. 

Isso porque o aeroporto cobra taxas absurdas, não participa de nenhuma ação de promoção e divulgação do Estado e se mantém distante do poder público e da iniciativa privada. Essa postura, avaliam alguns empresários do setor, contribui para os resultados negativos do próprio aeroporto, que usa estes argumentos pra pedir empréstimos e ajudas governamentais. 

“Todos os empresários, hoteleiros, Governo do Estado, agências de viagem, Prefeituras, estão unidos no esforço de promover o destino Rio Grande do Norte. Participamos de dezenas de feiras nacionais e internacionais. É um trabalho permanente pra manter nosso turismo aquecido. Infelizmente não contamos com o apoio e a participação da Inframérica”, destacou o empresário e presidente da ABIH RN, Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, José Odecio Júnior. Para Júnior, essa inércia é “incompreensível” uma vez que o equipamento aeroportuário precisa ampliar o número de voos, passageiros e melhorar seus resultados. 

O também empresário e presidente da ABAV RN, Agência Brasileira de Viagens, Abdon Gosson, compartilha o mesmo sentimento e lamenta a ausência da Inframérica no esforço coletivo da iniciativa privada e pública em prol do turismo potiguar. “É realmente lamentável essa postura. O aeroporto não pode reclamar de resultados financeiros aquém do esperado quando não faz a sua parte para ampliar estes resultados”, explica Abdon Gosson. O líder empresarial sugere, inclusive, um debate sobre este tema com a participação do próprio aeroporto pra que eles possam se manifestar.

 

*jornalista, editor-chefe da Revista e Portal NEGÓCIOS


 

  Revista Negócios
 Veja Também