Quando a gente é criança os pais nos dizem: olha, você tem que estudar, se você estudar muito vai ter melhores chances de ser bem sucedido no futuro. Quando você é jovem e o médico diz: olha, você tem que se cuidar. Só cuidando da sua saúde hoje é que você garante o seu bem-estar amanhã. Mas jovem e cheio de energia você não dá muita atenção, se entope de porcarias industrializadas e faz pouco exercício, mas o médico tinha razão, agora tenho que correr atrás do prejuízo, me exercitar, comer frutas e legumes, abandonar os enlatados. Aí você se cuida, cheio de motivação.
O comportamento da maioria dos brasileiros é assim mesmo, não há como negar e se você prestar atenção vai lembrar que já faz alguns anos o mercado tem dito: olha, tecnologia é onda do futuro. A sua empresa vai prosperar se investir em soluções tecnológicas. Mas o seu negócio não estava indo mal, estava prosperando em um ritmo bacana e você deixou para investir no delivery mais pra frente, você deixou para implantar o home office mais pra frente, você não deu muita atenção e agora você vê: pois é, sem poder receber clientes no meu estabelecimento eu não consigo faturar, o mercado tinha razão. Aí preocupado você, mais uma vez, corre atrás do prejuízo.
Esse é o comportamento que temos observado em nossos clientes. Aqueles que escutaram o mercado lá atrás, quando dava sinais de que trabalhar com amplo uso da tecnologia era importante independe da sua área de atuação, estão enfrentando esta crise de uma forma muito mais otimista e certa do que aqueles que viram seu faturamento zerar.
Observamos esse comportamento na prática porque atuamos em uma empresa de tecnologia que oferece serviços de contabilidade somente para outras empresas (B2B). E temos visto que os clientes adeptos ao uso da tecnologia e que souberam utilizar toda e qualquer ferramenta a favor do seu negócio estão mantendo ou até mesmo aumentando o faturamento, ao passo que clientes mais resistentes às mudanças (que nos procuram só pelo preço mais baixo, sendo bem sincera), estão passando por sérias dificuldades financeiras.
Nosso caso real é o seguinte: oferecemos serviços por meio de um aplicativo, sem qualquer atendimento presencial, por telefone ou por e-mail. A contabilidade (área que atuamos) é antiga e tradicional, mas há tempos vimos uma movimentação de mercados tradicionais que estavam migrando a sua forma de atuar e resolvemos apostar que esse movimento era o correto. Acertamos.
Hoje, em um escritório tradicional, 1 empregado é capaz de atender cerca de 30 a 60 empresas, o que é um número muito bom. Porém, com o uso de sistemas que desenvolvemos internamente, nossos colaboradores são capazes de atender com o mesmo zelo e pessoalidade (sim, dá para ter pessoalidade mesmo sem uma ligação ou uma visitinha) cerca de 200 clientes. Isso significa reduzir os custos fixos, manter a qualidade e oferecer segurança, afinal, computadores não erram a conta como os seres humanos e se as contas estão sendo feitas por computadores, sobra espaço para os seres humanos fazerem o seu papel: oferecer humanidade, pessoalidade e é isso que faz a diferença na hora de atender, independente do meio, se é presencialmente ou por um app.
É importante que as empresa de fato enxerguem isso, que baixem as suas inibições, os seus medos e preconceitos e aceitem que a tecnologia está aí para ajudar a fazer as empresas prosperarem. Aplicativos, como o nosso, podem ajudar os empresários de uma forma rápida, simples, eficiente e barata! E por falar em baratear custos, é isso que vai ajudar a salvar o pessoal que não se mexeu na hora certa. Para o empresário que não procurou meios de atuar de forma mais eficiente com o uso da tecnologia, empresas que oferecem serviços mais baratos são como um bote salva vidas.
Então se uma empresa não investiu em tecnologia antes, agora é a hora de correr atrás do prejuízo. Isso significa aderir a serviços oferecidos por Startups a preços mais acessíveis e também a repensar o modelo de negócio para adicionar novidades que permitam não ter mais limitações, nem de preço, nem geográficas. Qualquer empresa pode ser do mundo, basta ter isso em mente!
Luana Menegat é CEO da Razonet, startup de contabilidade digital